Cidades

Caarapó participa da Campanha de Combate à Dengue e à Febre Chikungunya

12 NOV 2015 • POR • 09h09
Agente de controle de vetores realiza trabalho preventivo em residência urbana de Caarapó. - Foto: Dilermano Alves
A Secretaria Municipal de Saúde de Caarapó está preparando as ações da Campanha Nacional de Combate à Dengue e à Febre Chikungunya. A iniciativa é do Ministério da Saúde e será deflagrada em todo o País.

Denominada de Super Agentes, a mobilização, prevista para o período de 16 a 20 deste mês, contra a dengue e a chikungunya tem por objetivo chamar atenção para as duas doenças, transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, e incentivar a população a reforçar medidas de prevenção, que envolvem a eliminação de possíveis focos do inseto.

Em Caarapó, nos dez primeiros meses deste ano, segundo o Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica, foram notificados156 casos suspeitos de dengue,com 103 confirmações. Não houve ocorrências de casos classificados como grave, do tipo dengue hemorrágica, e de febre chikungunya. Nenhuma morte por dengue foi registrada no período.

No mês passado, segundo a Secretaria de Saúde de Caarapó, o índice de infestação predial do Aedes aegypti atingiu 0,62% no município, abaixo de 1%, nível considerado estável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apesar da estabilidade do índice, o secretário de Saúde de Caarapó, Ivo Benites, alerta para a necessidade de constante vigilância por parte da população. “As condições climáticas atuais favorecem a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, inseto transmissor da dengue e da febre chikungunya. Com isso, a tendência é o aumento do índice de infestação predial do vetor”, observa, acrescentando que “é importante ficarmos atentos,em alerta, pois com constantes chuvas e temperaturas elevadas– incluindo, ainda, um número considerável de imóveis que não recebem os cuidados necessários por parte de seus proprietários ou responsáveis -, a tendência é o aumento do índice de infestação do mosquito transmissor e consequentemente haverá riscos de ocorrências das doenças inclusive, em forma de epidemia”.

Diante de tal constatação, Benites apela à população para que os imóveis sejam verificados diariamente sobre a possível existência de criadouros do mosquito da dengue e que sejam realizados os procedimentos necessários no sentido de evitar a reprodução do vetor. “Somente as ações desenvolvidas pelo Poder Público não são suficientes, é necessário que a população contribua para evitarmos ocorrências de casos de dengue e febre chikungunya”, pontua o secretário.

O prefeito Mário Valério (PR) ressalta que as ações de controle de vetores são de responsabilidade da prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, com apoio Técnico e Supervisão da Secretaria de Estado de Saúde, através da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores, e obedece às normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores. “Porém, o elo mais importante é a população, que tem o poder de eliminar os possíveis criadouros do mosquito, através de uma luta diária contra o mosquito”, analisa.

As ações de controle de vetores são realizadas mediante a Programação das Ações de Vigilância em Saúde em todas as unidades de saúde do município, através dosagentes comunitários de saúde e outros profissionais, mediante a realização deorientações sobre dengue e febre chikungunya durante as visitas domiciliares. As ações envolvem ciclos de visitas em todos os imóveis existentes, com realização de pesquisa larvária, tratamento químico com larvicida e ações educativas. Os imóveis considerados críticos ou estratégicos são visitados duas vezes por mês, com aplicação de inseticida. Também são estabelecidas parcerias com as outras secretarias municipaise órgãos não governamentaispara o desenvolvimento de ações educativas.

Atualmente, está em processo de criação o Comitê Municipal de Combate à Dengue e à Febre Chikungunya. De forma complementar às atividades rotineiras, estão sendo realizadas diversas ações, como reuniões e palestras educativas em unidades de ensino, nas unidades de saúde e em órgãos não governamentais; divulgação pela imprensa; material audiovisual; blitzes educativas; coleta de pneus usados; e intensificação de visitas domiciliares com pesquisa larvária, tratamento químico, orientações educativas e eliminação de criadouro e focos do mosquito na sede do município e distritos de Cristalina e Nova América, dentre outras.