Cidades

Corpo de Bombeiros interdita antiga rodoviária de Campo Grande

28 OUT 2015 • POR Emerson Penha • 07h00
Antigo terminal rodoviário foi interditado pelo Corpo de Bombeiros por falta de equipamentos de segurança e contra incêndios. - Foto: Elvio Lopes
Três anos de mobilização não foram suficientes para que os proprietários de lojas comerciais, de artesanato, bares e traillers de lanches instalados no Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste – denominação do complexo da antiga rodoviária de Campo Grande – fosse fechado ontem, por determinação do Corpo de Bombeiros da Capital, pela alegação de falta de segurança para os usuários do espaço.


Inaugurado em 1976, o antigo terminal rodoviário da Capital era ponto de partida e chegada de ônibus de linhas estaduais, de outros estados e internacionais e também do transporte coletivo urbano e teve a maior parte de suas 150 lojas ocupadas em alguma atividade comercial por mais de 30 anos.


Na semana passada, os bombeiros estiveram no terminal, depois de vistoria já realizada para notificar os lojistas e a administração do condomínio para que providencias sem os equipamentos necessários à segurança dos condôminos e usuários, como extintores, sinalização da rota de fuga, iluminação de emergência, brigada de combate a incêndio e a contratação de engenheiro eletricista responsável pelas instalações.


O comandante metropolitano do Corpo de Bombeiros, coronel Jaime Kamimura, explicou que o condomínio não tinha instalados nenhum dos oito itens obrigatórios de segurança, prevenção e combate a incêndios e, durante vistoria na segunda-feira, uma bomba instalada há quatro décadas não funcionou, o que resultou na interdição do complexo.


A síndica do condomínio, Rosane Nely de Lima, explicou que os comerciantes – dos quais 49 pagam a taxa de condomínio – se uniram a usuários do espaço para arrecadar recursos necessários à aquisição de equipamentos e serviços para atender às exigências mínimas de segurança e a reabertura do centro comercial.
Segundo a síndica, são necessários R$ 64 mil para a implantação dos equipamentos e serviços exigidos pelo Corpo de Bombeiro, mas ela adiantou que ontem mesmo protocolaria um pedido para que os operários mantivessem o trabalho de instalação das medidas de prevenção exigidas pelos bombeiros – como extintores e hidrantes de parede - para conseguir viabilizar a emissão do alvará provisório.


Com a determinação do Corpo de Bombeiros, os comerciantes fecharam as portas de seus estabelecimentos e deixaram o prédio durante a manhã de ontem, sem nenhuma resistência à interdição.