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Após carnaval, 'gripetonita' afeta turistas e moradores de Salvador

14 MAR 2011 • POR • 19h15
Aglomeração de pessoas facilita disseminação de vírus, fungos e bactérias - Foto: Eduardo Freire/G1
Os turistas, moradores e foliões que curtiram o carnaval de Salvador foram acometidos por virose apelidada nos corredores dos hospitais públicos e particulares de vírus \"Gripetonita\", em referência à música \"Liga da Justiça\", composta por Márcio Victor e que ficou famosa com o grupo \"LevaNoiz\", que canta com integrantes vestidos de Super-Homem, Mulher-Maravilha e Robin.

Um trecho da letra da música fala \"Super-Man ficou fraco, o Pinguim jogou criptonita\", o que provocou o apelido da virose, que começou a surgir durante a folia e seguiu até a Quarta-Feira de Cinzas, quando foi realizado o arrastão dos trios. Neste período, foram registrados 500 atendimentos diários semelhantes. Após a data, o número de atendimentos diários na rede municipal de saúde passou dos 620.

\"Em todos os anos, no período pós-carnaval, temos um aumento de até 25% dos casos de viroses provocadas em decorrência da folia. Um 1/4 do nosso trabalho é direcionado a pacientes que foram contagiados por conjuntivite, dores gastrointestinais, problemas na pele e nas vias aéreas, como ouvido, nariz e garganta\", disse o médico infectologista Augusto Aníbal, do Hospital Estadual Couto Maia, e consultor da área de saúde para a Prefeitura Municipal de Salvador.

Ele disse a pequena distância entre um ser humano e outro durante a folia, seja em local aberto ou fechado, é suficiente para aumentar a disseminação de doenças. \"Os fungos, protozoários, bactérias, vírus se espalham muito rapidamente nesses ambientes. Isso fica evidente quando o indivíduo tenta retomar as atividades do cotidiano, mas com o organismo debilitado\", afirmou Aníbal.