Mundo

Líbia não recuará nem se potências intervierem, afirma filho de Kadhafi

10 MAR 2011 • POR • 16h35
Veículo pertencente aos rebeldes é atingido por projetil lançado por soldados leais a Kadhafi durante batalha na estrada entre Ras Lanuf e Bin Jiwad nesta quinta-feira - Foto: AP
A Líbia está preparando uma ação militar de larga escala para \"esmagar\" a rebelião anti-Muammar Kadhafi e não vai se render mesmo se as potências ocidentais intervierem no conflito, disse nesta quinta-feira (10) Saif al-Islam, filho do ditador.

\"É a hora da libertação\", disse em entrevista à Reuters. \"É hora da ação.\"

Questionado se o governo estava preparando-se para avançar em sua campanha militar para retomar o leste do território, controlado pelos rebeldes com sede em Benghazi, ele confirmou.


\"Nós nunca desistiremos, nós nunca nos renderemos. Este é o nosso país. Lutamos na Líbia. O povo líbio, nós jamais daremos as boas vindas à Otan, aos americanos.\"

Pouco antes, a televisão estatal da Líbia anunciou que as forças fiéis ao ditador Muammar Kadhafi recuperaram o controle da cidade petroleira de Ras Lanuf, reduto rebelde mais avançado no front leste, dos integrantes da insurreição, e que o exército agora se dirige para Benghazi, reduto da oposição ao regime.

\"A cidade de Ras Lanuf foi libertada dos grupos armados e em todas as instituições (da cidade) foram içadas as bandeiras verdes\", anunciou a televisão.

Segundo a fonte, as forças líbias agora se dirigem agora para Benghazi, a segunda cidade mais importante do país e base dos rebeldes.

As forças fieis a Kadhafi continum com sua contraofensiva para retomar as cidades do leste do país.


Moradores do vilarejo líbio de Nawfaliyah afirmam que estão enfrentando um bloqueio das forças leais a Kadhafi e que já há falta de comida e água na localidade.

O bloqueio começou no domingo, quando o vilarejo caiu em poder das forças governistas, após ter sido tomado brevemente por combatentes rebeldes. Os moradores agora estão ficando sem comida e bebida, disseram à Reuters moradores e parentes de pessoas que estão no vilarejo.

Um combatente rebelde deu um relato similar na quarta-feira. (G1)