Política

Zezinho poder ser cassado ainda hoje

24 FEV 2011 • POR • 23h44
Vereador afastado Zezinho corre o risco de perder o mandado nesta sexta-feira - Foto: Hédio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – O vereador afastado Zezinho da Farmácia (PSDB) pode ser cassado nesta sexta-feira. Ontem a Comissão Processante, que investiga o tucano por quebra de decoro parlamentar, encerrou os trabalhos de investigação e decidiu pedir a cassação do parlamentar. O documento foi encaminhado à presidente da Câmara, a vereadora Délia Razuk (PMDB), que convocou sessão extraordinária para às 14h de hoje. Na ocasião, os vereadores decidem se aceitam ou não o pedido de cassação feito pela comissão.

A sessão será aberta pela presidente da Casa. Ela lê a pauta e o texto sobre o assunto em discussão. A presidente convida o relator para apresentar parecer da Comissão Processante, neste caso o vereador Juarez amigo do Esporte, que apresenta

o relatório contando todas as fases do processo investigatório. Em seguida, justifica o pedido de cassação. O advogado de defesa, ou até mesmo Zezinho da Farmácia, terá 2 horas para se defender. É a última tentativa para evitar a cassação.

Após a defesa, os vereadores votam sobre a cassação ou não do parlamentar. Para ser cassado o vereador precisa receber votos da maioria qualificada (2/3) ou seja, oito votos.


Se isto acontecer, a presidente da Casa baixa um decreto legislativo declarando extinto o mandato de Zezinho. Caso contrário, ela extingue o processo. Se for cassado, assume a vaga o vereador suplente Valter Hora, que pode ser empossado no mesmo dia.

Ontem a defesa do vereador entrou com um pedido na Câmara para adiar a sessão. A justificativa foi a de que ele não poderia comparecer devido a compromissos de ordem profissional. O pedido não foi aceito pela Casa.

Zezinho da Farmácia foi um dos nove vereadores presos durante a Operação Uragano da Polícia Federal. Ele é apontado pelo Ministério Público como membro de grupo que supostamente “sangrava” os cofres públicos municipais por meio de propinas, para não se opor a supostos desmandos do Executivo.

Após a abertura do processo de cassação pela Câmara, através de um pedido da comunidade, o vereador passou por várias etapas de investigação. Em uma delas ele dispensou todas as testemunhas de defesa, o que acabou acelerando o processo para etapa final.