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Caixa de luxo vai celebrar centenário do bluesman Robert Johnson

22 FEV 2011 • POR • 23h20
A caixa \"The complete original masters: centennial edition\', com obra completa do mestre do blues Robert Johnson - Foto: Divulgação
O bluesman norte-americano Robert Johnson, que se estivesse vivo completaria 100 anos no próximo 8 de maio, será homenageado com uma caixa reunindo todas as 42 gravações realizadas pelo cantor em sua curta carreira, compreendida entre os anos de 1936 e 1937. \"Robert Johnson: the complete original masters – Centennial edition\" terá apenas mil unidades numeradas, que serão vendidas através de um site criado criado exclusivamente para o produto com previsão de lançamento para o dia 26 de abril.

O luxuoso pacote vai incluir o CD duplo \"Robert Johnson: the centennial collection\", com as 29 únicas canções gravadas pelo músico, acompanhadas das versões alternativas para algumas delas; 12 réplicas dos discos de vinil de 78 rpm (convertidos para os atuais 45 rpm), protegidos por um livreto de capa dura, com ilustrações e textos sobre o mestre do blues; e um outro álbum duplo, com registros de pioneiros do blues (como Frank Stokes, Tommy Johnson, Sleepy John Estes, Furry Lewis, Memphis Minnie e Blind Willie McTell, entre outros) e 10 faixas gravadas por outros artistas durante as mesmas sessões de gravação de Johnson.

O DVD \"The life & music of Robert Johnson: can\'t you hear the wind howl?\", fecha o baú e traz o documentário produzido em 1997, dirigido por Peter Meyer e apresentado pelo ator Danny Glover. No longa, Keb\' Mo\' interpreta Robert Johnson em dramatizações alternadas com depoimentos de músicoas influenciados por Johnson, como Robert Cray, Johnny Shines, John Hammond, Honeyboy Edwards, Robert Lockwood Jr., Henry Townsend, Eric Clapton e Keith Richards.

Nascido no estado norte-americano do Mississipi, Johnson é considerado um dos artistas mais influentes do século 20, mesmo com uma produção tão pequena. Compôs apenas 29 músicas, cujos diferentes takes e registros foram feitos de forma caseira em duas únicas sessões: nas cidades texanas de San Antonio, em novembro de 1936; e em Dallas junho de 1937 (Dallas, Texas/EUA).

O bluesman morreria em 16 de agosto do ano seguinte, com apenas 27 anos, em consequência de um envenenamento. Músicas como \"Stop breaking down\", \"Crossroads blues\", \"Love in vain\", \"Walking blues\" e \"They\'re red hot\" ganharam versões de artistas de diferentes gerações, como os Rolling Stones, Eric Clapton, Jeff Healey, Red Hot Chilli Peppers e White Stripes.

Além de seu talento musical, uma série de lendas marcam a vida do bluesman. A mais famosa delas dá conta de que o músico teria vendido a alma ao diabo para conseguir habilidade e técnica ao violão, num pacto firmado no encontro das rodovias 61 e 49, no Mississipi. A história, que inspirou o roteiro para o filme \"Encruzilhada\" (\"Crossroads\"), de 1986, estrelado por Ralph Macchio.

(G1)