Variedades

Na terra dos carros híbridos, bondinho elétrico é maior atração

14 FEV 2011 • POR • 15h10
\'Cable car\' é a principal atração de São Francisco - Foto: Priscila Dal Poggetto/G1
Em São Francisco, terra dos carros híbridos, o charme ganha da tecnologia. O que atrai a curiosidade de turistas do mundo inteiro que chegam à cidade dos Estados Unidos são os tradicionais “cable cars” (carros a cabo, em tradução livre do inglês). Esses bondinhos circulam desde 1873 na cidade californiana e, com o passar dos anos, se tornaram a principal atração turística da região.



Verdadeiros museus sobre trilhos, os veículos movidos a um sistema eletromecânico (cabos cuja força motriz é elétrica puxam os carros por trilhos) fazem passar despercebidas as avançadas tecnologias levadas sob o capô de modelos como Toyota Prius, Honda Insight e Ford Fusion Hybrid, todos vistos em grande quantidade pelas ruas da cidade.

O bilhete para pegar o bondinho custa US$ 5, o que é caro para quem precisa do transporte público todos os dias. Apesar disso, muitos moradores locais, sem pressa para chegar ao destino final, preferem o passeio tranquilo proporcionado por ele. \'Penduradas\' em um tipo de estribo, na parte externa do \"cable car\", e apoiadas em hastes, as pessoas quebram um pouco a rotina.

Entre as vistas mais bonitas observadas do carro está a da ladeira que chega ao Hyde Street Pier, quando é possível avistar o mar, veleiros e a ilha onde fica a famosa prisão de Alcatraz, ao fundo. O sobe e desce das íngremes ruas de São Francisco, os passos contados dos transeuntes pelas ruas por onde o bonde passa e o vento gelado do inverno batendo no rosto completam o cenário, que traz um clima retrô ao ritmo californiano de vida.

#####Música na fila
Tão divertida quanto o próprio passeio é a fila de espera pelo bonde. A grande concentração de pessoas vira palco para músicos amadores. Uma das brincadeiras dos artistas é fazer trocadilhos com canções famosas. Assim, versos como “Here comes the sun”, dos Beatles, viram “here comes the cable car”. Tanta agitação só acaba de madrugada. Passada a meia-noite, São Francisco adormece. O silêncio é quebrado apenas pelo barulho dos cabos passando nos trilhos, até a hora em que os motorneiros, que controlam os três freios do bonde, encerram o expediente, no último turno da noite.


(G1)