Policia

Pesquisa deve avaliar nomes fora do PMDB na Capital

4 FEV 2011 • POR • 15h50
Paulo Sifui diz que pretende disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2012 - Foto: Divulgação
Campo Grande – Pela primeira vez, as pesquisas qualitativas e quantitativas devem avaliar nomes dentro e fora dos quadros do PMDB no processo de escolha do candidato à sucessão do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), em 2012.

Hoje, o PMDB dispõe de dois ou três nomes interessados no pleito, entre os quais, o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Paulo Siufi, e o deputado estadual Carlos Marun, que brevemente deve deixar o cargo para reassumir a Secretaria de Habitação e das cidades a convite do governador André Puccinelli (PMDB).

Adotado por André desde quando era prefeito da Capital, esse critério de escolha incluindo candidatos de partidos aliados será possível porque dois importantes líderes políticos são ligados tanto ao governador quanto ao prefeito: os deputados federais Edson Giroto (PR) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).

O critério só não será utilizado na eventualidade de os dois parlamentares retornarem a legenda de origem, beneficiados pela chamada “janela da infidelidade partidária”, em tramitação no Congresso Nacional, que permite o troca-troca de partido em período anterior às eleições.

Com o retorno dos trabalhos no próximo dia 15, os líderes partidários da Câmara dos Deputados devem reascender a esperança de políticos que detém mandato eletivo que desejam trocar de partido.

O projeto em tramitação na Casa visa abrir uma janela de um mês para que o político deixe sua legenda, geralmente àqueles que sentem certo desconforto, incompatibilidade de ideias, desprestígio e falta de espaço em seus atuais partidos, sobretudo, os que mudaram de legenda apenas para acomodação política de ocasião.

O STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu o troca-troca de partido para coibir a prática da infidelidade partidária. Os novos parlamentares devem voltar a negociar, porém, a aprovação de proposta que autoriza a mudança de legenda desde que ocorra há pouco mais de um ano antes das eleições.
Particularmente, Siufi, que é primo do prefeito Nelsinho Trad, não vê problemas, tampouco se sente ameaçado dentro do PMDB.

“Estou animado, estimulado e sou pré-candidato. E quero ser candidato pelo meu partido”, sugeriu Siufi, em entrevista ontem na Capital , dizendo acreditar que o PMDB fará a escolha da maneira mais “transparente”. “Meu principal oponente sou eu mesmo”, gaba-se o presidente da Câmara.
Ele também garantiu que só troca de partido para ser candidato somente na eventualidade de a cúpula peemedebista não articular a indicação de seu representante com a mesma qualidade.

Caso sinta-se obrigado a migrar para outro partido, Siufi tem como alternativa PDT, PV, PSB, DEM e PP, cujas direções teriam feito convite. Apesar disso, o vereador garante não ter motivos para romper com seu grupo político.