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Tratado que limita armas nucleares vai valer já em fevereiro, diz Rússia

28 Jan 2011 - 20h35
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, dá entrevista nesta sexta-feira - Crédito: Foto: APO presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, dá entrevista nesta sexta-feira - Crédito: Foto: AP
Moscou informou nesta sexta-feira (28) que o primeiro acordo de armas nucleares mundial em duas décadas entrará em vigor no mês que vem, quando a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, encontrará seu colega russo em Munique.

Um oficial russo anunciou para 5 de fevereiro a reunião entre Hillary e o chanceler russo, Sergei Lavrov, alguns momentos depois de o presidente Dmitri Medvedev assinar a ratificação do novo acordo de desarmamento nuclear Start.

\"Hoje eu assinei a ratificação do documento Start\", disse Medvedev em reunião com oficiais de segurança, em declarações transmitidas pela emissora estatal.

O pacto entrará em vigor no momento em que Hillary e Lavrorv derem suas respectivas ratificações durante a Conferência de Segurança de Munique - um evento criado em 1960, no ápice da Guerra Fria.

A troca de notas irá selar um tortuoso processo que começou mais de uma década atrás, mas só se concretizou com a chegada do presidente Barack Obama à Casa Branca.

O tratado que prevê a eliminação de algumas das armas mais letais do mundo está no centro das atenções de Obama para um mundo livre de armas nucleares, e marca seus esforços para renovar as relações com a Rússia.

O novo Start reduz o limite de ogivas nucleares em 30% e limita cada lado a ter até 700 mísseis militares de longo alcance e aviões de bombardeio pesado.

O acordo original, de 1991, expirou no fim de 2009, em meio a divergências sobre como os dois lados planejavam proceder em meio ao declínio de potências nucleares menores e o crescimento de regimes linha-dura.

Muitos analistas vêem a nova rodada de cortes como simbólica, já que as chances de essas armas pesadas serem efetivamente usadas serem insignificantes.

Mas o acordo fornece um importante começo para discussões mais pertinentes em relação a armas nucleares menores - mas potencialmente mais perigosas - e outras armas de alta tecnologia.

#####Principais pontos

Veja, abaixo, alguns dos pontos do novo tratado, que foi assinado em abril, em Praga, pelos presidentes russo Dimitri Medvedev e americano Barack Obama:

- Redução de 74% do número de ogivas nucleares que ambos países possuem (em relação ao limite definido pelo tratado START I de 1993), a 1.550 respectivamente. Esta cifra corresponde a uma queda de 30% do número de ogivas em relação ao Tratado de Redução de Arsenais Nucleares Estratégicos (SORT, ou Tratado de Moscou), de 2002.

- Limitação a 800 do número de vetores (mísseis intercontinentais a bordo de submarinos e bombardeiros) mobilizados ou não por cada um dos dois países.

- Limitação a 700 do número de vetores posicionados.

- Escudo antimísseis: segundo Washington, não impõe nenhuma limitação aos testes, ao desenvolvimento ou à instalação de sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos, que estejam programados ou em curso de sê-lo. Também não limita os projetos americanos em termos de ataques convencinais de longo alcance.

- Verificação: o novo tratado retoma os elementos do START I e os adapta aos novos limites. Prevê verificações in situ das instalações nucleares, intercâmbio de dados, assim como notificações recíprocas de armamentos ofensivos e de sítios nucleares.

- Duração do tratado: o tratado tem uma duraçao de dez anos a partir da data de sua entrada em funções e poderá ser renovado por uma duração máxima de cinco anos. Uma cláusula prevê que cada parte pode se retirar do tratado.

- Entrada em vigor: o tratado entrará em vigor logo depois de ser ratificado pelos parlamentos dos dois países. O Tratado START de 2002 ficará automaticamente abolido depois da entrada em vigor do novo texto.

(g1)

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