Roda de samba e choro em Tel Aviv. - Crédito: Foto: Giovana Sanchez/G1
O lugar é uma das primeiras estações ferroviárias de Israel, construída em 1892. Há seis meses, foi restaurado, e agora abriga um complexo de lojas, bares e restaurantes em Tel Aviv. Toda semana, a estação recebe também uma roda de samba e choro que, se não fosse pelo hebraico e pelo inglês ouvidos nas mesas, faria acreditar que você está na Lapa carioca ou na Vila Madalena, em São Paulo.O dono do Café HaTachana, o israelense Yoram Kessler, já foi mais de dez vezes para o Brasil. “A primeira foi como mochileiro, em 1984, depois do Exército. Me apaixonei pela cultura, pelos lugares, especialmente pela Bahia”. Kassler começou a trazer músicos para o antigo bar que tinha, e agora para a estação restaurada. “Tentei fazer com que parecesse a Lapa do Rio”. E conseguiu.
As noites reúnem entre 150 e 200 pessoas e às vezes abrem espaço para o forró e pagode.
A maioria dos músicos da banda Sambadobom é brasileira. Daniel Ring foi para Israel há quatro anos estudar música. Conheceu Gabriel Marques, Andre Golovaty e outros apaixonados por samba e chorinho, e algum tempo depois estavam montadas duas bandas: Sambadobom e Chorolê, a única de choro de Israel. “A proposta era fazer uma roda de samba para trocar experiências entre os músicos e divulgar o choro”, conta Daniel.
O roteiro musical inclui Chico Buarque, Cartola, Noel Rosa, Caetano Veloso, Pixinguinha, entre outros. Após algumas rodadas de música, caipirinha e pão de queijo, as cadeiras são afastadas, e a estação vira uma pista, com pessoas de diferentes nacionalidades sambando e cantando em português.