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SP anuncia aumento de 27,7% a policiais

14 Jul 2011 - 16h05
Alckmin anunciou aumento escalonado em dois
anos para policiais militares, civis e agentes
de segurança e escolta - Crédito: Foto: Letícia Macedo/ G1Alckmin anunciou aumento escalonado em dois anos para policiais militares, civis e agentes de segurança e escolta - Crédito: Foto: Letícia Macedo/ G1
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na tarde desta quinta-feira (14) um aumento escalonado de 27,7% no salário base de policiais civis, militares, científicos, além de agentes de segurança penitenciária (ASP) e de escolta e vigilância penitenciária (AEVP). O reajuste atingirá 150 mil servidores da ativa e por volta de 103 mil aposentados e pensionistas.

O projeto de lei que será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa prevê uma parcela de 15% de aumento, retroativo a 1º de julho,

para este ano. A segunda parcela, que será paga em agosto de 2012, será de 11%. Esse percentual incidirá sobre o valor reajustado em 2011, o que faz com que o percentual total do reajuste chegue aos 27,7%.

Além do reajuste, o governo anunciou uma série de mudanças para as carreiras policiais que tem o objetivo de facilitar as promoções e a valorização das carreiras. “[O aumento] é primeiro um reconhecimento. É também um estímulo. Nós queremos valorizar a carreira policial”, afirmou o governador. Para Alckmin, existia “um gargalo” na carreira policial. “As pessoas tinham dificuldade para ascender na carreira. O que está se fazendo é dar uma oportunidade para uma ascensão”, declarou.

O aumento terá um impacto neste ano de R$ 700 milhões na folha de pagamento do governo do estado. Diante das possíveis críticas com relação ao percentual de reajuste, Alckmin descartou a possibilidade de conceder um reajuste maior. “Nunca é o ideal. Acho que esse é um esforço permanente que a gente tem que fazer para poder avançar, mas é o máximo que podemos fazer",disse.

Polícia Civil

O Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindpesp) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Adpesp) alegam que a correção anunciada está longe de repor a inflação dos últimos anos e não tira São Paulo da condição de deter um dos piores salários para a categoria do país, segundo a Agência Estado. Os delegados vão se reunir na sexta-feira (15) em assembleia na sede da Adpesp, na capital paulista, para analisar o aumento concedido por Alckmin.

O presidente do sindicato, George Melão, disse à Agência Estado que a classe está "revoltada" com o valor anunciado. O sindicalista afirmou que a proposta não repõe a inflação desde 1995, data do último reajuste com aumento real. A defasagem, segundo ele, seria de cerca de 140%. "Tudo está caminhando para a greve", declarou.

Também em entrevista à Agência Estado, a presidente da Adpesp, Marilda Aparecida Pinheiro, afirmou que a proposta do governo é "insignificante". "Esse valor é apenas uma manobra do governo para nos tirar da última colocação entre os salários de delegados de todo o país, mas isso não vai resolver porque vamos continuar entre os três piores", disse. "É decepcionante", declarou.

A categoria reivindica equiparação dos vencimentos iniciais aos de um delegado da Polícia Federal (PF), atualmente em R$ 13.368,68. De acordo com o governo, o salário inicial de delegados de polícia, peritos criminais e médicos legistas passará de R$ 5.874,30 para R$ 6.920, nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

PM

Já o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado (ACSPMESP), Wilson Morais, afirmou à Agência Estado que o aumento era esperado desde que Alckmin, então em campanha para o governo, no ano passado, visitou a associação e conversou com os policiais a respeito de reajustes. Apesar de, segundo Morais, a defasagem dos vencimentos nos últimos dez anos ser da ordem de 40%, o anúncio mostra que o governo "começa a fazer justiça com a categoria".

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