
Tanto Fouad Mebazza, líder do Parlamento que foi nomeado presidente interino no último domingo, quanto o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi continuam nos cargos.
\"Em uma tentativa de separar o governo do partido, Fouad Mebazza e Mohamed Ghannouchi renunciaram dos seus cargos na União Constitucional Democrática (RCD)\", informou a TV tunisiana.
A decisão é uma tentativa de salvar o governo provisório anunciado na segunda (17), após protestos manifestantes terem rejeitado o novo governo e exigirem a saída do RCD, partido do presidente deposto Ben Ali.
#####Ministros renunciam
Mais cedo, quatro ministros do governo de união nacional também renunciaram, depois que milhares de manifestantes protestaram contra a manutenção desta equipe de membros do antigo regime.
Ao mesmo tempo, o movimento islâmico Ennahda (Renascimento), perseguido pelo regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali, anunciou sua intenção de pedir sua legislação e participar das eleições legislativas previstas para antes de meados de julho.
Três ministros que renunciaram pertencem à União Geral dos Trabalhadores Tunisianos (UFTT) e o quarto integrava o Foro Democrático para o Trabalho e as Liberdades (FDLT).
\"Nós nos retiramos do governo a pedido de nosso sindicato\", declarou à AFP Houssine Dimassi, nomeada segunda-feira ministra da Formação e do Emprego.
Os outros dois ministros, segundo Dimassi, são Abdeljelil Bédoui (ministro sem pasta) e Anouar Ben Gueddour (ministro do Transporte e Equipamentos).
O UGTT, potência central sindical, desempenhou um papel crucial nas manifestações que provocaram a queda do presidente Ben Ali, que fugiu do país no dia 14 janeiro após 23 anos no poder. Ele está refugiado na Arábia Saudita.
Os atos de violência que acompanharam a \"Revolução do Jasmim\" fizeram 78 mortos e 94 feridos, segundo autoridades.
O UGTT anunciou igualmente que o partido não reconhecia o novo governo do primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, cuja maioria dos membros pertence à RCD.
Ghannouchi formou o gabinete de 24 membros, com três figuras de oposição legal, mas também - além do presidente do conselho - sete ministros do antigo regime.
Esses ministros conservaram as pastas-chave, como Interior, Defesa, Relações Exteriores e Finanças.
*(Com informações da Reuters e France Presse)(G1.com)
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