
A Coreia do Norte também demonstrou disposição de dialogar, após um ano de confrontos que incluíram o afundamento de uma embarcação sul-coreana em março, matando 46 marinheiros, uma troca mortífera de tiros de artilharia em novembro e ameaças de guerra que afetaram os mercados financeiros em todo o mundo.
Mas um avanço pode ser algo ilusório, já que tanto a Coreia do Sul como os EUA vêm dizendo que antes de retornar à mesa de negociações querem ver provas da seriedade da Coreia do Norte para um posterior desarme - algo que vários analistas não acreditam que algum dia o governo norte-coreano vá fazer.
Em um pronunciamento pelo ano-novo, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, repetiu uma advertência de que o Norte receberá um \'forte e firme\' golpe se optar por atacar novamente o Sul.
Os comentários de Lee foram feitos dois dias depois que o Norte, que deseja ser reconhecido como potência nuclear, pediu o fim dos confrontos e fez um chamado pelo diálogo, depois de um dos anos mais violentos na península coreana, dividida entre os dois países desde o fim da Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953.
\'Eu relembro o Norte que o caminho para a paz ainda está aberto. A porta para o diálogo ainda está aberta\', disse Lee. Mas ele acrescentou: \'Armas nucleares e aventurismo militar têm de ser descartados. O Norte tem de atuar no sentido da paz e cooperação, não apenas com retórica, mas com ação.\'
Alguns analistas dizem que apesar de dúvidas de que haja alguma reunião em breve, o momento atual parece propenso a uma retomada positiva das conversações envolvendo seis partes --as duas Coreias, China, Japão, Rússia e EUA--, as quais vêm sendo adiadas há muito tempo.
\'Em profundo contraste com a situação anterior, a Coreia do Sul e o Japão são os mais céticos sobre o processo entre as seis partes\', disse Baek Seung-joo, do Instituto para Análises de Defesa da Coreia. \'Mas o governo (sul-coreano) reconhece que o único canal realista de diálogo com o Norte é o das negociações com as seis partes.\'
Scott Snyder, da Fundação Ásia, disse que o chamado sul-coreano pelo diálogo pode estar relacionado a uma reunião entre os presidentes da China e dos EUA no mês passado.
\'Mas política em si não mudou e também não mudaram as expectativas sobre o que a Coreia do Norte tem de fazer para a retomada das negociações.\'
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