
Além do Egito, os levantes no mundo árabe inspirados no exemplo da Tunísia já se espalharam por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Sudão e Omã.
Aos 82 anos, Mubarak já apresentou alguns problemas de saúde e não confirmou se seria candidato a um sexto mandato na eleição presidencial prevista para setembro deste ano. Analistas acreditam que ele deseja que seu filho, Gamal Mubarak, seja o seu sucessor no comando do Partido Nacional Democrático (PND), o maior partido do país.
O partido domina o Parlamento e esteve todos estes anos a serviço do presidente, que também comanda as Forças Armadas. Mas a estabilidade deste ex-militar da Aeronáutica, principal aliado do Ocidente entre os países árabes, está ameaçada.
Nesta semana, pela primeira vez, a oposição no Egito se uniu para integrar os protestos iniciados na terça. Principal força oposicionista, a Irmandade Muçulmana, que tinha deixado aos seus membros a possibilidade de participar dos protestos, anunciou seu apoio oficial.
O posicionamento da Irmandade Muçulmana, organização da qual se originou a facção palestina Hamas, representa um novo desafio ao governo de Mubarak.
Soma-se a isto o retorno ao país do Nobel da Paz e ex-presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, Mohamed ElBaradei. Ele, que conta com a simpatia do Ocidente, já expressou sua disposição de assumir um eventual governo de transição caso Mubarak seja deposto.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem no Egito o principal aliado no mundo árabe, disse que a situação no país provoca \"profunda preocupação\" e defendeu a adoção de reformas necessárias.
Até mesmo aliados de Mubarak, como o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia, Mostapha al Fekki, também membro do Partido Nacional Democrata, pediu ao presidente egípcio \"reformas sem precedentes\" para evitar uma revolução no Egito.
#####Pela internet
A dura repressão aos protestos no Egito tem provocado reações de diversos países. O uso de redes sociais para convocar as manifestações fizeram com que a internet fosse interrompida –o governo nega intervenção.
A proliferação de revoltas para países menores preocupa autoridades ocidentais pela fragilidade destes regimes. Nesses casos, a tomada do poder por grupos extremistas seria uma possibilidade real.
(G1)
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