Na questão estimulada, os eleitores podiam optar como melhor saída para o Brasil, além de novas eleições, na permanência de Dilma no cargo até o fim do mandato, na renúncia ou no impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Os que defendem que a saída da crise depende da permanência de Dilma no cargo somaram 24,5%, ou um quarto dos entrevistados. Isso significa que quase três quartos dos eleitores querem Dilma fora do Palácio do Planalto, se forem somados os que defenderam a renúncia da presidente (19,9%), o impeachment (15,4%) ou novas eleições (38,7%).
A pesquisa mostra, portanto, que entre os que defendem uma nova alternativa para o País, o impedimento da presidente teve a menor preferência, com 15,4%.
Para o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o estudo deixa claro o desejo do brasileiro por novas eleições.
— O desejo popular hoje é que tenha eleições. Se juridicamente é possível ou não isso é outra discussão, mas o desejo é esse.
De acordo com Hidalgo os estudos têm detectado um acirramento dos ânimos, o que ele considera preocupante no debate político.
— Você tem em torno de 70% de brasileiros que querem a saída da presidente, por eleições ou impeachment ou renúncia, e cerca de 30% dos que não querem, por considerar golpe ou por achar que ela deve ficar. O que nos preocupa é a polarização excessiva, o clima passional que está dominando as discussões. Isso pode ser perigoso quando se aproximar a votação do impeachment.
A pesquisa foi realizada em 162 municípios de 24 Estados brasileiros entre os dias 3 e 6 de abril. A amostra é de 2.044 habitantes e tem grau de confiança de 95%. As entrevistas foram pessoais. A margem de erro para os resultados gerais é de dois pontos percentuais.