O Dia Mundial da Língua Portuguesa é uma oportunidade para destacar a “força” do idioma para o mundo, uma vez que é falado em todos os continentes. Essa é a opinião do presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.
O embaixador João Ribeiro de Almeida recebeu a ONU News na sede da entidade, em Lisboa, onde discorreu sobre o aumento da importância do idioma.
“Este dia é também para reafirmar a língua portuguesa enquanto um grande ativo global de cultura, de economia, de desenvolvimento, de democracia, de paz também e de ciência. Temos que fazer com que a língua portuguesa seja cada vez mais uma língua de ciência, de investigação e de inovação. Por isso o grande investimento que o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua faz no ensino superior do português nas nossas redes externas que estão ao serviço da divulgação e internacionalização da língua portuguesa.”
Ribeiro de Almeida nota, inclusive, que muitos lusófonos sequer percebem que o português é um ativo global. Por outro lado, há cada vez mais estrangeiros aprendendo o idioma, principalmente aqueles que agora moram em países como Portugal ou Brasil.
Para o presidente do Insituto Camões, o futuro da língua portuguesa é muito próspero.
Investimento para o mercado de trabalho
“É impressionante a quantidade de pessoas, por este mundo afora, que querem aprender o português enquanto língua estrangeira, percebendo que começa a ser um investimento até para o mercado laboral aprender português, sobretudo jovens. É mais uma língua que têm no seu currículo, porque o português começa a ser também uma língua para o mercado laboral e aí o Brasil, pelo fato de ser o colosso que nós conhecemos, ter um papel determinante neste aspeto de que pode haver saídas laborais também se tivermos o português no nosso currículo como mais uma língua.”
Como os últimos dois anos foram marcados pela pandemia de Covid-19, as comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa serão retomadas de forma presencial na noite desta quinta-feira, com um concerto especial no Museu do Teatro e da Dança, em Lisboa.
A organização é do Instituto Camões, em parceria com o Arte Institute, e contará com a cantora moçambicana Selma Uamuse e dos músicos Luiz Caracol, de Portugal, Ruca Rebordão, de Angola, Fred Martins, do Brasil e Rolando Semedo, de Cabo Verde.