Laurent Gbagbo é visto após sua prisão, nesta segunda-feira - Crédito: Foto: AP
O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi preso nesta segunda-feira (11) em sua casa em Abidjan, confirmaram o embaixador da França no país africano, Jean-Marc Simon, e a ONU.A prisão foi feita por forças leais ao presidente eleito, o oposicionista Alassane Ouattara, e teve o apoio de tropas francesas e da ONU.
Os oposicionistas confirmaram a informação e informaram que Gbagbo e a esposa foram levados ao hotel que serve de QG à oposição. Imagens dele foram mostradas na TV local.
Gbagbo está vivo e bem e será levado a julgamento, afirmou o enviado da ONU ao país, Youssoufou Bamba.
\"O pesadelo da Costa do Marfim chegou ao fim\", afirmou ex-líder rebelde que assumiu o posto de primeiro-ministro Guillaume Soro, ao confirmar que as forças de Ouattara capturaram o presidente derrotado na eleição de novembro.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, deu um longo telefonema para Ouattara, após a detenção de Gbagbo.
No poder desde o ano 2000, Gbagbo, derrotado nas urnas em novembro pelo histórico rival Ouattara, foi detido após vários dias de confrontos entre as tropas leais a ambos.
Desde domingo, às 17h locais, até 1h, a missão da ONU na Costa do Marfim (Onuci), e as forças francesas dispararam mísseis na direção do prédio em que Gbagbo está entrincheirado e contra o palácio presidencial.
A ONU explicou que o objetivo é \"neutralizar o armamento pesado\" do campo de Gbagbo para proteger os civis. Os combatentes de Alassane Ouattara, presidente reconhecido pela comunidade internacional, não conseguiu acabar com os redutos de seus adversários.
A França justificou esses disparos alegando ter intervido a pedido da ONU, de acordo com a resolução 1975. (G1)