A tentativa inesperada de Cowen de levar pessoas novas para o governo foi a cartada final para os verdes, seus parceiros minoritários na coalizão, que ameaçaram retirar o apoio, a menos que ele desistisse do plano e convocasse a eleição para março.
\'É minha intenção, em seu devido curso, buscar a dissolução do Dail Eireann (Parlamento) com a ideia de realizar uma eleição geral na sexta-feira, 11 de março,\' disse Cowen ao parlamento.
Os verdes pediam uma eleição desde o ano passado, quando o governo foi forçado a buscar um socorro humilhante da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para lidar com a crise econômica sem precedentes.
Até esta quinta-feira, Cowen indicava que a eleição ocorreria no fim de março ou no começo de abril.
Ele também anunciou na quinta que os atuais ministros assumiriam as funções dos seis colegas que renunciaram numa iniciativa-surpresa esta semana.
Após dissipar uma ameaça à sua liderança no partido Fianna Fail (governo) na terça-feira, o plano inicial de Cowen para uma reforma no ministério foi considerado atabalhoado pela população geral, no Parlamento e em sites de redes sociais.
\'Ouvimos das entrevistas com um dos ministros que estão saindo que isso tudo foi planejado e conversado, antes mesmo do Natal,\' disse Eamon Gilmore, líder do partido Trabalhista (de oposição), no Parlamento.
Já insatisfeita com a atuação do governo perante a crise econômica, a população irlandesa inquieta-se com o fato de que Cowen se concentra em conseguir empregos para os colegas, e não nos cidadãos.
\'Eles todos devem sair. Deveria haver uma eleição geral imediatamente. Todo mundo está cansado disso. O Fianna Fail precisa ser punido e os verdes precisam ser punidos por apoiar o Fianna Fail,\' disse o funcionário dos Correios Gerard Williams, de 43 anos.
(G1.com)