Prefeito - Crédito: Foto: Paulo Toledo Piza/G1Em entrevista à equipe de reportagem do G1, o prefeito afirmou na tarde desta segunda-feira (28) que a festa, intitulada Carnaband em referência ao nome do município, havia sido feita nos últimos quatro anos. “Nunca deu problema”, afirmou durante velório coletivo de sete das vítimas, que acontecia no ginásio da cidade. Entre os mortos está Admir Ramos do Lago, de 36 anos, primo do prefeito. Todos devem ser enterrados ainda nesta segunda, no cemitério de Bandeira do Sul.
Questionado sobre a segurança, ele disse que o Corpo de Bombeiros estava de prontidão no momento do acidente. Ele negou, porém, que a corporação tenha feito qualquer vistoria sobre a possibilidade de incêndios ou acidentes com a rede elétrica. “É uma festa em praça pública. Não precisa desse tipo de autorização para fazer.”
Foliões relataram momentos de desespero quando o fio se partiu. Um estrondo, seguido de faíscas, assustou quem estava sobre um trio elétrico. “Foi uma correria. Vi gente caindo pelo choque. Muitas pessoas sangravam”, relatou a costureira Fernanda Stefani Gonçalves, de 19 anos.
Segundo Santos, prefeitos de cidades próximas foram contatados assim que a notícia do acidente chegou aos seus ouvidos. “Recebemos ajuda de Poços de Caldas, Campestre, Caldas, até de Muzambinho, que fica a 80 km daqui.” Ele afirmou que ainda é cedo para apontar o que causou o rompimento do fio. “Só a perícia irá dizer isso.” Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), uma serpentina metalizada jogada em um cabo de energia pode ter causado a tragédia. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.
Bandeira do Sul fica a 440 quilômetros de Belo Horizonte e tem 5.340 habitantes, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A economia gira em torno da agropecuária, principalmente produção de tomate e arroz, de acordo com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
(G1)
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