Essa foi uma das maiores apreensões de aroeira e angico feita no DF. As espécies são ameaçadas de extinção. Uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proíbe extração, transporte e comercialização das plantas, sem autorização.
“Hoje, no mercado negro, uma aroeira inteira deve custar uns R$ 500”, disse o tenente coronel da Policia Ambiental, Cláudio Ribas.
A operação começou na última semana com três sobrevôos pela área da fazenda. Uma clareira chamou a atenção dos policiais, que constataram por terra que o depósito seria irregular.
Quatro policiais militares estão acampados no local, onde vão ficar até que toda a madeira seja retirada.
No começo da tarde, o ex-deputado distrital Pedro Passos se apresentou como dono da fazenda. “Eu comprei em 2 de maio de 2005. Quando comprei, a madeira já estava no local”, alegou.
Ele apresentou uma nota fiscal de 2004, que não convenceu os fiscais. “Essa madeira vai ser cubada amanhã e deve chegar, aproximadamente, entre 80 e 100 metros, mas a nota apresenta apenas 12 metros”, disse o fiscal do Ibama, José Ribamar.
“Houve, no passado, antes de eu comprar, uma discussão judicial sobre terra. O antigo proprietário juntou vários documentos e, entre eles, o documento de compra da madeira. Nós fomos hoje ao Tribunal de Justiça, desarquivamos o processo e tiramos cópia da nota fiscal e da guia do Ibama, referente à compra de madeira”, explicou Passos. (G1)