
Auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal do Brasil mantêm nesta quinta-feira (21) em todo o país a paralisação iniciada na semana passada para pressionar o governo federal a conceder reajuste salarial, já a partir de agosto. O acordo foi firmado em março deste ano.
Em Mato Grosso do Sul, a paralisação às terças e quintas começou na semana passada, ocorreu no dia 19 e está acontecendo novamente hoje em todas as delegacias e postos da Receita.
O impacto maior ocorre na inspetoria da Receita em Mundo Novo, na divisa com o Paraná, e nas aduanas de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, e em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.
De acordo com o site Campo Grande News, nesta quarta-feira (20), representantes do sindicato dos auditores foram recebidos em Brasília secretário-executivo do Ministério da Fazenda Eduardo Refinetti Guardia e pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que prometeram o cumprimento do acordo já a partir do mês que vem.
Entretanto, os servidores aguardam a oficialização do reajuste para encerrar a paralisação. "Até segunda ordem é para continuar mobilizado. Temos um acordo assinado em 20 de março, mas até agora não há sequer um projeto de lei. O acordo prevê efeitos financeiros a partir de agosto (pagamento de setembro)", disse o vice-presidente da Delegacia Regional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil em MS, Anderson Akahoshi Novaes.
O acordo feito pelo governo com os auditores fiscais prevê reajuste de 21,3% em quatro anos, sendo 5,5% partir de agosto deste ano. "Esse acordo não repõe nem a inflação passada e com o recesso do Congresso Nacional não tem mais tempo para votar um projeto de lei. Por isso esperamos uma medida provisória", afirmou.
Fronteira
Em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, os servidores da Receita Federal do Brasil retomaram a paralisação hoje cedo. A auditora fiscal Francielle Araújo de Marco disse que os auditores reduziram em 50% os autos de infração, 100% das multas aduaneiras, 50% da fiscalização e 70% de apreensões.
Em Ponta Porã, dezenas de caminhões estão parados na aduana desde o início da semana. A paralisação de terça-feira provocou acúmulo de cargas à espera de liberação e ontem o trabalho não terminou. Com a paralisação de hoje, o número de veículos vai aumentar.
Na divisa com o Paraná, Yone de Oliveira, auditora fiscal e representante sindical em Mundo Novo, disse que cargas importadas e exportadas não estão sendo desembaraçadas. A ação é coordenada com as unidades aduaneiras em Guaíra (PR), na outra margem do Rio Paraná e Santa Helena (PR), que também não permitem o ingresso de caminhões.
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