As operações militares de Israel contra alvos do Líbano para combater o movimento islâmico Hezbollah estão afetando sítios religiosos e culturais.
A denúncia foi feita ao Escritório de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, que emitiu um comunicado sobre a escala de destruição de mesquitas, igrejas e outros locais condenando as ações.
Prédios em uma área urbana no sul do Líbano foram parcialmente destruídos em ataques aéreos - Foto: © PMA/Mohammed Awadh
Patrimônio histórico da Unesco
O Escritório se mostrou alarmado com os bombardeios israelenses que destruíram ou danificaram pelo menos 10 edifícios, desde o início de outubro. A lista inclui oito mesquitas, um salão de congregação de ordem muçulmano-xiita e uma igreja greco-católica melquita.
Há relatos de que uma mesquita no distrito de Tiro, no Sul do Líbano, teria sido posta abaixo por explosivos.
Os especialistas da ONU lembram que a destruição deliberada de edifícios e locais dedicados à prática da religião é proibida pela lei internacional.
Nos últimos dias, ataques israelenses em Baalbek, no Vale do Becá, chegaram muito perto de um complexo de um templo ancestral, tombado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Um edifício é alvo de um ataque no Líbano - Foto: Acnur/Houssam Hariri
História, fé e identidade
Sítios religiosos e de valor cultural devem ser protegidos de ataques sob a lei humanitária internacional a não ser que se tornem alvos militares. E mesmo assim existem regras de engajamento contra os locais.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU pediu a todas as partes no conflito que protejam essas áreas que representam a cultura, a história, a fé e a identidade das pessoas.