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Número de deslocados no mundo é o maior em 15 anos

20 Jun 2011 - 16h35
Refugiados afegãos jogam cricket em favela de Islamabad, no Paquistão - Crédito: Foto: Anjum Naveed/APRefugiados afegãos jogam cricket em favela de Islamabad, no Paquistão - Crédito: Foto: Anjum Naveed/AP
Existem no mundo, hoje, 43,7 milhões de pessoas que tiveram de deixar suas casas e buscar a vida em outro lugar - o maior número em 15 anos e o equivalente à população da Colômbia. Entre esses, 15,4 milhões são refugiados em algum outro país e 27,5 milhões são deslocados internos, ou seja, pessoas que foram forçadas a se mudar, mas continuam na nação de origem.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20), Dia Mundial dos Refugiados, pela agência da ONU que cuida do tema, Acnur. Segundo o relatório Tendências Globais 2010, os países que mais exportam refugiados são o Afeganistão e o Iraque. Os que mais recebem pessoas são Paquistão, Irã e Síria - 80% dos refugiados do mundo foram acolhidos por países em desenvolvimento.

\"Um número preocupante é o de situações prolongadas de refúgio, em que a pessoa está em outro país por mais de cinco anos. São 7,2 milhões, número nunca antes registrado, de pessoas que não têm condições de voltar a seus países\", disse Luiz Fernando Godinho, porta-voz da Acnur no Brasil, durante a divulgação do relatório, em São Paulo.

Outra preocupação é o aumento de número de deslocados internos. \"Como os controles de fronteiras aumentaram, especialmente de países europeus, a população de deslocados internos cresce\", disse Godinho.

\"Não é fácil conscientizar um país sobre a necessidade de se abrigar refugiados. Geralmente, quando surge o problema, surpreende o país que abriga. Temos uma visão diferente daquela que vê o refugiado como concorrente do nacional. Pode até aumentar um pouco a concorrência, mas não vai colocar em risco um país, por exemplo\", disse o secretário especial de direitos humanos de São Paulo, José Gregori.

Em entrevista em Roma, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Antonio Guterres, disse que \"os temores quanto a supostas enxurradas de refugiados em países industrializados estão sendo tremendamente exagerados ou equivocadamente confundidos com questões de migração. \'Enquanto isso, são os países mais pobres que ficam com o ônus.\"

Brasil

O número de refugiados no Brasil é de 4.401, de 77 nacionalidades, segundo dados do Comitê Nacional para Refugiados. Os africanos são os mais presentes no país. Entre eles, as principais nacionalidades são angolanos (38,3%) e congoleses (10,3%). Os colombianos são o segundo maior grupo, com 14,2%.

No ano passado, a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, que trabalha com refugiados desde 1977, atendeu 1868 pessoas em situação de refúgio, dos quais 10% têm diploma universitário e só 1% eram analfabetos.

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