
Em uma cena, ele mencionou a prisão de um ex-presidente e referiu-se a Dilma Rousseff como "presidente ladra". O evento, no Sesc Palladium, na região central da capital mineira, foi cancelado após o tumulto provocado na plateia.
No musical, Cláudio Botelho interpreta o protagonista: o líder de uma companhia teatral que transita por cidades do interior do país.
Além das cenas em que atua, ele é também quem narra a história com base em alguns monólogos. Numa das falas, ele anunciou: "era também a noite em que um ex-presidente ladrão foi preso". Em seguida também fez sua menção à presidenta Dilma Rousseff.
Conforme variados relatos nas redes sociais, parte dos presentes imediatamente puxou uma vaia e gritos de "não vai ter golpe".
Outra parcela do público começou a aplaudir. Diante da situação, diversas pessoas começaram a deixar o local, ao mesmo tempo em que o ator disse que não se importava e que retomaria o espetáculo após a saída dos descontentes.
Avisada da situação, a Polícia Militar mandou três viaturas para o local. Diante da tensão, o diretor da peça declarou a sessão encerrada e informou que os valores dos ingressos seriam devolvidos.
Repercussão
O Sesc e a Pólobh, produtora responsável pelo evento, divulgaram ontem nota conjunta de esclarecimento. Eles reiteraram que são "instituições apartidárias" e pediram desculpas pelos transtornos gerados. "Compreendendo o momento pelo qual o país passa e primando pela segurança de todos, optamos pelo cancelamento da sessão prevista para este domingo", registra o texto.
A postura do ator foi novamente criticada após o vazamento de um áudio do camarim, em que ele discute com outros integrantes do elenco. "O artista no palco é um rei! Não pode ser peitado. Não pode ser interrompido..., por um filho da puta", diz ele, dizendo-se censurado por petistas. Uma atriz discorda de Cláudio Botelho e diz que a plateia tem direito de vaiar uma provocação.
Divulgado pelo movimento Mídia Ninja, o diálogo está disponível em https://soundcloud.com/midia-ninja/claudio-botelho. A Agência Brasil não pôde comprovar a autenticidade do áudio.
Presente à peça, Adriana Batista saiu em defesa do ator: "A turma do PT encerrou o musical. Parabéns petistas, vocês foram mais eficientes que a censura do AI5".
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