Ilyas Kashmiri dá entrevista em Islamabad em
11 de julho de 2001 - Crédito: Foto: Reuters
Ataques com mísseis, supostamente realizados por uma aeronave não-tripulada dos Estados Unidos, mataram ao menos 17 militantes nesta segunda-feira (6) na região paquistanesa de Waziristão do Sul, disseram autoridades de inteligência.A operação ocorreu depois de informações na semana passada indicando que um membro de alto escalão da al-Qaeda foi morto na região.
O ataque teleguiado de segunda-feira próximo à fronteira com o Afeganistão foi o maior desde março e pode ser uma indicação de que a CIA identificou alvos importantes da al-Qaeda ou do Talibã no Waziristão do Sul. Ataques desse tipo geralmente têm como alvo o Waziristão do Norte.
Segundo uma autoridade de segurança paquistanesa, os ataques teleguiados provavelmente aumentaram contra o Sul depois de especulações sobre uma ofensiva das forças paquistanesas contra o Waziristão do Norte. O possível ataque que teria motivado um deslocamento dos militantes para o Sul.
\'Os mísseis atingiram um complexo militar nas montanhas próximas à Wana\', disse uma autoridade local de inteligência, referindo-se à principal cidade de etnia Pashtun no Waziristão do Sul.
Autoridades de inteligência afirmaram que dois ataques teleguiados da mesma operação atingiram o complexo e uma escola islâmica, matando 14 pessoas, inclusive sete árabes.
Em outro ataque na fronteira entre o Waziristão do Sul e do Norte, um míssil atingiu um veículo, matando três militantes, a cerca de 50 quilômetros do primeiro alvo de ataque.
Ataques de aviões não-tripulados dos EUA na região fronteiriça entre Paquistão e Afeganistão, vista como um baluarte mundial de militantes, receberam mais atenção desde que autoridades paquistanesas divulgaram, na noite de sexta-feira, a morte do membro da al-Qaeda Ilyas Kashmiri no Waziristão do Sul.