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Direitos humanos

Meninas e mulheres são vítimas de bullying online contra pessoas com deficiência

Conselho de Direitos Humanos soa alarme sobre acesso desigual à tecnologia assistiva para proteger os usuários; mulheres sofrem mais com discriminação e violência na internet; barreiras sobre acesso à tecnologia também foram destaque

13 Mar 2025 - 19h45Por ONU News
Uma menina toca em um teclado em tamanho real cheio de palavras positivas como parte de uma campanha para ajudar a acabar com o cyberbullying na China - Crédito:  UNICEF/Zhang YuweiUma menina toca em um teclado em tamanho real cheio de palavras positivas como parte de uma campanha para ajudar a acabar com o cyberbullying na China - Crédito: UNICEF/Zhang Yuwei

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos afirmou que a comunidade internacional está falhando em defender as pessoas com deficiência com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos de que todos nascem iguais.

Volker Turk lembrou que em todas as regiões, as pessoas com deficiência são discriminadas e rejeitadas, subvalorizadas e minadas especialmente mulheres e meninas.

Progresso regrediu em 14%

Numa reunião no Conselho de Direitos Humanos, ele ressaltou a situação da violência online e o bullying cibernético, que afeta com mais gravidade meninas e mulheres que vivem com alguma deficiência.

A relatora especial sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, Heba Hagrass, disse que o progresso nos direitos delas regrediu em 14% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.

Um total de 30% mostrou mudança insuficiente, de acordo com o Relatório de Deficiência e Desenvolvimento de 2024.

Ela afirma que para meninas e mulheres com deficiência o quadro é ainda mais terrível, “pois elas enfrentam discriminação agravada, são sub-representadas na educação e no emprego e correm maior risco de violência e abuso incluindo sexual”.

Software e tecnologia feita por homens

Uma das preocupações são software de reconhecimento facial que, muitas vezes, falham em reconhecer "as barreiras sociais extremas" encontradas por aqueles com diferenças faciais no dia a dia. Essas barreiras incluem acessar aplicativos bancários, candidatar-se a empregos ou obter documentos de identidade.

Volker Turk também lembrou que algumas tecnologias assistivas também são projetadas por homens, para homens deixando algumas mulheres com próteses projetadas para corpos masculinos que não funcionam para as mulheres tão bem quanto deveriam.

Apenas uma em cada 10 pessoas com deficiência tem acesso à tecnologia adequada, de acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde.

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