
De acordo com a empresa, os índices de radiação na água que está sendo jogada ao mar são aproximadamente 100 vezes acima do normal.
O líquido está sendo liberado com um corante para tentar determinar a rota da contaminação.
A Tepco afirma que o nível de radiação é considerado “relativamente baixo”.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, a radiação se dilui na água.
“Esta água que está sendo despejada no mar foi usada para refrigerar os reatores, e por isso adquiriu radiação. É uma quantidade pequena em comparação com o mar, e se diluirá com o tempo”, disse ele ao G1
“Mas agências ambientais e o governo devem monitorar a situação na região, pois pequenos peixes podem morrer devido ao impacto da contaminação. Só o próprio governo vai poder dizer se há contaminação e se é necessário proibir a pesca e a venda de peixes da área”, acrescenta Kuramoto.
#####Sem risco para o Brasil
De acordo com o especialista em energia nuclear Aquilino Senra, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a água contaminada não chegará ao Brasil.
“O nível radioativo, apesar de alto, se dilui no oceano. Não há risco de água contaminada chegar ao Brasil”, afirma Senra.
“A diluição da radiação no mar é grande e rápida, mas o risco é na região próxima ao despejo, onde deve ser monitorado se a liberação da água afeta o meio ambiente e quais são os impactos na região”, acrescenta o especialista.
#####Sem alternativa
Um funcionário do governo japonês disse que não há alternativa a não ser despejar a água no mar.
\"Não temos opção senão despejar essa água contaminada ao mar como medida de segurança\", disse o porta-voz do governo, Yukio Edano.
Segundo informações da rede de televisão japonesa NHK, os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde no sábado (2) foi detectada uma rachadura de cerca de 20 centímetros, que permite que água com uma elevada radioatividade vaze para o mar.
#####Número de mortos
O Japão foi atingido no dia 11 de março por um terremoto de magnitude 9, seguido por um tsunami, na região nordeste do país. Segundo último balanço divulgado pela polícia nesta segunda-feira (4), o número de mortos aumentou para 12.157. Os desaparecidos totalizam 15.496 pessoas.
Além disso, quase 160 mil pessoas que moravam nas províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima, as mais devastadas pela catástrofe, continuam abrigadas nos 2.100 refúgios temporários.
* (Com agências internacionais)
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