Secretário-geral da ONU, António Guterres, diz acreditar que o momento atual pede que seja feito para ajudar o povo do Sudão - Crédito: UNECA/Daniel Getachew O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o fim do “sofrimento dramático” do povo sudanês a duas semanas do mês muçulmano do Ramadã.
Ele ressaltou que civis, incluindo trabalhadores humanitários, devem ser protegidos. Guterres está na Conferência Humanitária de Alto Nível sobre o Sudão na capital etíope, Addis Abeba.
Princípios básicos
O líder da ONU diz que é preciso facilitar o acesso humanitário rápido, seguro, desimpedido e sustentado em todas as áreas necessárias.
Ele defende que também deve cessar o apoio externo e o fluxo de armas ao conflito que levam à continuação da destruição civil e ao derramamento de sangue no país africano.
Estima-se que 3,3 milhões de sudaneses estão abrigados em vários países - Foto: © Unfpa/Karel Prinsloo
Com a aproximação das festividades do Ramadã, o secretário-geral destacou que esse momento é de paz, compaixão, doação e solidariedade ao pedir que todos usem sua influência para o bem.
Na próxima semana, a ONU deverá reunir parceiros sudaneses e internacionais no lançamento do Plano de Resposta e Necessidades Humanitárias do Sudão de 2025. Na mesma ocasião, será apresentado o Plano de Resposta aos Refugiados do Sudão deste ano.
Apoio a 21 milhões de pessoas no Sudão
Guterres ressaltou que US$ 6 bilhões serão necessários para apoiar ambas as iniciativas para quase 21 milhões de pessoas no Sudão e até 5 milhões em países vizinhos, principalmente refugiados.
O secretário-geral acredita que o momento atual pede que seja feito para ajudar o povo do Sudão a sair do que chamou de “pesadelo”.
O líder das Nações Unidas lembrou que após amplas consultas com civis, os sudaneses clamam por um cessar-fogo imediato e pela proteção dos civis.
Estima-se que 3,3 milhões de sudaneses estão abrigados em vários países que encaram seus próprios desafios. Guterres declarou que os apelos coordenados pela ONU “excedem, em muito, qualquer outro” já lançado para o Sudão e para a região.
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