
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, divulgou esta semana uma análise sobre melhorias e retrocessos nos principais indicadores do sistema alimentar mundial nos últimos 20 anos.
Os dados integram a “Contagem Regressiva para 2030”, prazo estipulado para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS
Conquistas no acesso à água
O relatório rastreia 50 indicadores de sistemas alimentares em todo o mundo, organizados em cinco temas: nutrição, meio ambiente, meios de subsistência, resiliência e governança.
O resultado revela que 20 das 42 métricas analisadas ao longo do tempo melhoraram. Houve conquistas notáveis como aumento no acesso à água potável e na disponibilidade de vegetais.
A conservação dos recursos genéticos vegetais e animais também aumentou, reforçando a resiliência dos sistemas alimentares a choques climáticos e outras interrupções.
O custo de uma dieta saudável está aumentando na maior parte do mundo - Foto: Unsplash/Mariana Medvedeva
Volatilidade no preço dos alimentos preocupa
Por outro lado, sete indicadores mostram declínio significativo, incluindo aumento da volatilidade dos preços dos alimentos, piora da prestação de conta por governos e diminuição da participação da sociedade civil.
Essas mudanças sugerem desafios para manter a estabilidade e a coerência das políticas em meio a crises globais.
O relatório destaca como as mudanças em uma área, como governança ou qualidade da dieta, afetam outras áreas, enfatizando a necessidade de abordagens coordenadas e intersetoriais.
O relatório identifica governança e resiliência como pontos de alavancagem fundamentais para a transformação do sistema alimentar.
Apenas 5 anos de prazo
O diretor da Divisão de Estatística da FAO afirmou que o estudo fornece um roteiro claro para a formulação de políticas baseadas em evidências.
José Rosero Moncayo ressaltou que nos últimos cinco anos que faltam para o prazo final dos ODS é preciso dobrar os avanços e dar atenção especial às lacunas que ainda persistem.
A pesquisa é fruto de uma colaboração entre a FAO, a Universidade de Columbia, a Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, e a Aliança Global pela Melhora da Nutrição, Gain.
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