Mapa localiza a Tunísia. - Crédito: Foto: Arte G1
A pressão popular para fazer cair o governo transitório da Tunísia, principalmente as figuras ligadas ao deposto regime de Zine El Abidine Ben Ali prosseguia nesta terça-feira (25), em meio a boatos sobre uma iminente reorganização governamental, e num momento em que um alto funcionário americano realizava consultas na capital.Desde o amanhecer, cerca de mil manifestantes exigiram novamente ante a sede do primeiro-ministro Mohamed Ghanuchi a demissão do governo de transição, no qual têm destaque membros do regime deposto do ex-presidente Ben Ali.
O número de manifestantes foi aumentando pela manhã à medida que iam chegando ao local outros grupos, entre eles os estudantes. Mas eram menos numerosos que na véspera, quando eram milhares nas primeiras horas da tarde.
Desafiando o toque de recolher que continua vigente, a grande maioria permaneceu na praça da Kasbah, sob as janelas do gabinete do primeiro-ministro, pela segunda noite consecutiva.
Na véspera, os manifestantes jogaram pedras e garrafas contra a polícia na manhã e os oficiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo perto do gabinete do primeiro-ministro do controverso governo de transição.
Os incidentes aconteceram quando policiais tentava retirar os funcionários da sede do governo do premier Mohammed Ghanouchi.
A greve por tempo ilimitado dos professores tunisianos registrou adesão na maioria das regiões do país, anunciou Hfayed Hfaye, secretário-geral do sindicato nacional do ensino primário.
O porta-voz do governo e ministro da Educação, Taieb Baccuch, anunciou que uma organização governamental era iminente.
(G1)