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Em Lisboa, Conferência dos Oceanos busca agenda “ousada e positiva”

Representantes de Portugal e Quénia, países organizadores, afirmam que é preciso conciliar agendas de iniciativas globais sobre o tema

12 Jun 2022 - 16h30Por ONU News
Diplomatas defendem que conservação e utilização sustentável dos mares requerem que um mecanismo global urgente - Crédito: Issf/ Fabien ForgetDiplomatas defendem que conservação e utilização sustentável dos mares requerem que um mecanismo global urgente - Crédito: Issf/ Fabien Forget

Em entrevista em antecipação da 2ª. Conferência dos Oceanos em Lisboa, embaixadores do  Portugal e Quénia junto à ONU sublinharam o papel dos mares e a relevância da atuação global para proteção.

A expectativa da embaixadora de Portugal, Ana Paula Zacarias, e do Quénia,  Martin Kimani, é que uma agenda global ousada e positiva selem o evento de 27 de junho a 1 de julho.

Impulsionar soluções 

Kimani ressalta a ideia de se inverter o declínio dos oceanos e alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 da Agenda 2030.  

Em parceria com a ONU, ambos os países “preparam um cenário para a tomada de decisões” de impacto na ação sobre os mares guiada pela ciência e inovação.

Os 12 mil presentes em Lisboa incluem pelo menos 20 chefes de Estado e de governo,  jovens, empreendedores e sociedade civil.  

Os organizadores realçam o propósito de mobilizar a atuação e impulsionar soluções de base científica para “iniciar um novo capítulo da ação global pelos oceanos”.

Um dos alvos é estabelecer uma “plataforma para enfrentar de forma eficaz os desafios atuais em relação aos oceanos”.

Iniciativa costeira

A embaixadora de  Portugal mencionou a presença de figuras ligadas ao tema em nível político como “o enviado especial dos EUA para o clima John Kerry",  e cultural como o ator e ambientalista e Jason Momoa, o protagonista do Aquaman. A meta é dar força à voz dos jovens.

O homólogo queniano destacou a iniciativa costeira local Mikoko Pamoja para ilustrar a influência soluções.

O projeto que significa “manguezais juntos” compensa carbono e da origem na área de Vanga, no condado de Kwale, passou além-fronteiras.

O país rico em recifes de coral, florestas terrestres, praias arenosas e leitos de ervas marinhas as comunidades ganham com a melhoria do bem-estar.

Melhoram as oportunidades económicas, proteção social, garantia de resiliência a catástrofes naturais e impacto das alterações climáticas além da redução do risco de sobre-exploração e métodos arriscados de utilização dos recursos oceânicos.

Atividades sustentáveis

Na mira de maiores benefícios ao grupo de comunidades, Portugal espera um impulso em atividades sustentáveis no ambiente dos oceanos .

As atividades passariam de lazer,  turismo, esporte,  transporte marítimo e outras.

Ana Paula Zacarias fez alusão a diálogo interativo que na conferência abordará  temas ligados à  economia azul. Em foco estarão campos como pesca, biodiversidade, e recursos submarinos.

A conservação e utilização sustentável dos mares requerem que um mecanismo global urgente e uma estrutura de implementação com prazo determinado.

O representante Quénia defende a criação de um mecanismo apoiado por evidências científicas que leve ao equilíbrio entre conservação e exploração envolvendo prestação de contas por ações destrutivas.

Ciência do Oceano

O diplomata disse que também é preciso investimentos em pesquisa científica apoiando a segurança alimentar e nutricional global, o ordenamento do espaço marítimo e a gestão das mudanças climáticas.

Martin Kimani destaca ainda que a  2ª Conferência dos Oceanos avaliará o nível de ambição global para cumprimento de alterações transformadoras.

Ao organizar o segundo maior evento sobre os mares, a expetativa de Portugal é que outra seja organizada no contexto da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica.

Ana Paula Zacarias  enfatizou que nas negociações sobre a biodiversidade das alterações climáticas, tanto a conferência do clima da ONU como a Convenção da Biodiversidade terão reuniões agendadas para breve.

Ela considera necessário harmonizar esses elementos e continuar a trabalhar “não em silos, mas de forma holística, para que todas essas agendas possam funcionar ao mesmo tempo.”

 
 
 

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