
A coordenadora especial das Nações Unidas no Líbano chegou a Israel para discutir o progresso no acordo de cessar-fogo entre os dois países, que entrou em vigor em 27 de novembro.
Jeanine Hennis-Plasschaert reúne-se com altos funcionários israelenses para discutir “desafios remanescentes” em torno da implementação de um conjunto de entendimentos.
Tema central das reuniões
A trégua encerrou 13 meses de confrontos pesados entre os militares israelenses e militantes do grupo Hezbollah.
Em nota, a coordenadora especial afirmou que a plena implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança, aprovada em 2006 para acabar com a violência na fronteira entre as duas nações, será “um tema central” dos encontros.
Antes da viagem, a alta funcionária da ONU saudou a retirada das Forças de Defesa de Israel e a realocação das Forças Armadas Libanesas para posições no sul do Líbano.
Pessoas fugindo dos ataques aéreos israelenses no Líbano cruzam a fronteira de Jdeidet Yabous para a Síria (outubro de 2024) - Foto: Acnur/Houssam
Insegurança, demolições e ataques
O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, afirmou que forças israelenses estão deixando partes da área da fronteira sul.
Ainda assim, existem obstáculos significativos no acesso a mais de 60 aldeias e cidades no sul do país, onde alertas israelenses permanecem em vigor.
A agência informa que embora um número pequeno de pessoas esteja regressando à casa, muitas aldeias perto da fronteira permanecem desertas devido à insegurança. Algumas ações militares seguem apesar do acordo de cessar-fogo. Há relatos de demolições de casas pelas forças israelenses e ataques que resultaram em muitas vítimas em províncias do sul durante a semana de 10 a 16 de janeiro.
Necessidades humanitárias
As condições de vida continuam difíceis para todos os afetados, com necessidades humanitárias urgentes tanto para os mais de 871 mil libaneses que retornaram para suas casas como para os cerca de 113 mil deslocados.
As pessoas precisam de abrigo, alimentos, soluções de armazenamento de água, lâmpadas solares e apoio para o inverno.
O Ocha relata ainda uma demanda crescente por internações e serviços médicos mais complexos incluindo saúde mental e apoio psicossocial, além de cuidados especiais para pessoas com deficiência.
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