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Em Estocolmo, Guterres pede “fim da guerra suicida contra a natureza”

Secretário-geral da ONU discursa na abertura da conferência que marca os 50 anos do movimento ambientalista

02 Jun 2022 - 16h15Por ONU News
Região de Unity, Sudão do Sul, enfrentou em dezembro as piores cheias em 60 anos - Crédito: UnmissRegião de Unity, Sudão do Sul, enfrentou em dezembro as piores cheias em 60 anos - Crédito: Unmiss

O secretário-geral das Nações Unidas fez um apelo “ao fim da guerra sem sentido e suicida contra a natureza”. António Guterres discursou na abertura da Conferência Stockholm+50 sobre os 50 anos de criação da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que deu início ao movimento ambientalista. 

Em Estocolmo, na Suécia, Guterres explicou que os recursos naturais não estão conseguindo atender a demanda da população mundial, que está consumindo a uma taxa de 1,7 planeta por ano.

Consumo desenfreado 

O chefe da ONU explicou que se o nível de consumo global fosse o mesmo dos países mais ricos do mundo, seriam necessários mais de três planetas Terra.  

Na capital sueca, ele mencionou a tripla crise planetária, que está causando 9 milhões de mortes anualmente devido à poluição e aos resíduos. Guterres fez um apelo aos líderes de todos os setores, para que tirem o mundo desta situação.  

Durante a conferência, o secretário-geral falou ainda sobre novas oportunidades, como uma nova rede global de biodiversidade para reverter as perdas da natureza até 2030. O acordo deverá ser firmado no fim deste ano.

Fim do carvão e combustíveis fósseis  

O chefe da ONU mencionou ainda a Conferência dos Oceanos, que terá início a 27 de junho, como uma oportunidade de salvar os oceanos. Ele pediu ainda que as emissões de gases sejam reduzidas em 45% até 2030.  

Aos governos dos países do G-20, o pedido de Guterres foi para que “acabem com a infraestrutura de carvão” entre 2030 e 2040. Ele quer ainda o fim do financiamento aos combustíveis fósseis e mais investimentos em energias renováveis.  

Sobre as florestas, António Guterres mencionou ser essencial reduzir o desmatamento e promover a recuperação florestal até 2030. 

Declaração de Estocolmo 

Segundo ele, essas são algumas das medidas que podem “evitar uma catástrofe climática e o aumento das crises humanitária e de desigualdades, além de promover o desenvolvimento inclusivo e sustentável”.  

Ao lembrar que existe apenas um planeta Terra, o secretário-geral pediu renovação dos compromissos “no mesmo espírito de responsabilidade consagrado com a Declaração de Estocolmo de 1972”.  

António Guterres incentivou os países a “abraçarem o direito humano a um meio ambiente limpo e saudável para todas as pessoas, em todos os lugares, especialmente as comunidades pobres, mulheres e meninas, povos indígenas, jovens e gerações futuras”.  

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