Família de Andréia ficou desabrigada após chuva
em Teresópolis - Crédito: Foto: Thamine Leta/G1
A chuva que castiga a Região Serrana do Rio desde a noite de terça-feira (11) fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrar cerca de 180 mm de chuva em Nova Friburgo nas últimas 24 horas (de 9h de terça-feira ate as 9h desta quarta-feira). Segundo o Inmet, o acumulado esperado para o mês de janeiro era de 200 mm a 250 mm.Em Teresópolis, outra cidade bastante afetada pela chuva, o índice pluviométrico foi de 125 mm nas últimas 24 horas. Na região, também era esperado para este mês de 200 mm a 250 mm.
Ao todo, o número de mortos em decorrência da chuva na Região Serrana subiu para 96.
#####Previsão é de mais chuva
De acordo Marlene Leal, meteorologista do Inmet, uma frente fria chegou ao estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) e pode provocar chuvas de moderadas a forte em pontos localizados. \"Um aviso especial foi divulgado ontem (terça-feira) e revalidado hoje (quarta-feira) e possivelmente até sexta-feira. O mal tempo continua até o fim de semana e de repente até segunda-feira\", disse a meteorologista.
Ela prevê também que o acumulado da chuva no estado deve atingir um número elevado. \"Será um acumulado grande ou significativo de chuva nas próximas 24, 36 horas\", explicou ela.
Em Teresópolis são 71 mortos, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, Flávio Luiz de Castro. Mais cedo, o prefeito de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, Jorge Mário, havia decretado estado de calamidade pública no município, um dos mais afetados pelas chuvas no estado. Um total de 800 homens da Defesa Civil e bombeiros tenta localizar desaparecidos na cidade.
“Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho, moradora de Cascata do Imbuí, uma das regiões mais afetadas da cidade.
Já em Nova Friburgo o cenário é de caos. O município contabiliza sete mortos, entre eles três bombeiros. A cidade está sem sinal de telefonia, tanto móvel quanto fixa, não há eletricidade, o comércio está fechado, os sinais de trânsito e radares estão quebrados. Não ha transporte público na cidade.
A falta de contato prejudica até a comunicação entre os bombeiros e a Defesa Civil. Somente alguns orelhões na cidade funcionam. Sem saber o que fazer, muitos moradores perambulam a pé, muito abalados. Outras pessoas usam pás e baldes para retirar a lama e a água das casas. Um morador passou na rua carregando um galão de água. Outros filmam e tiram fotos.
Em Petrópolis, o distrito de Itaipava foi a região mais abalada. A Defesa Civil do município já registra 18 mortos na cidade.
(G1.com)