
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, \"é claro que olhamos quem está com a al-Qaeda e quem não está. O fato de a Líbia ter denunciado a al-Qaeda era um sinal importante\", explicou Rice entrevistada nesse documentário que será divulgado pelo canal público France 5.
Em \"Kadhafi, nosso melhor inimigo\", Antoine Vitkine, conta a história do ditador líbio que passou de um pária, acusado de patrocinar o terrorismo internacional, a aliado do Ocidente.
\"Nossos serviços de inteligência estavam encantados em poder obter qualquer informação sobre a Al-Qaeda e a Líbia também era para nós um vínculo com outros países do Magreb nos quais a Al-Qaeda era muito ativa\", completou a ex-chefe da diplomacia americana durante a presidência de George W. Bush.
Quando os \"serviços secretos (líbios) ofereceram cooperar na batalha contra o terrorismo, é claro que era insólito, mas, ao mesmo tempo, sabia que o 11 de setembro tinha mudado o mundo e voltava a configurar as alianças\", explica, por sua vez, Tony Blair.
Condoleezza Rice explica até que ponto \"surpreendeu\" os americanos o momento em que Kadhafi anunciou que renunciava a seu programa de armas de destruição massa.
\"Estávamos ocupados preparando a guerra no Iraque (...). Os britânicos nos dizem que foram contatados pelo coronel Kadhafi, que quer discutir sobre o abandono de suas armas de destruição em massa. Você imagina nossa surpresa? Assim, dissemos \'muito bem, vamos em frente\'\".
\"Começamos a entender até que ponto os líbios estavam avançados particularmente no âmbito nuclear. Tinham centrífugas muito sofisticadas (...). Realmente estamos surpresos\", completou Rice.
O documentário também enfatiza a importância do petróleo na reconciliação dos países ocidentais com a Líbia contra a qual a ONU tinha imposto um embargo em 1992 depois dos atentados contra um voo da UTA (1989, 170 mortos) e contra um avião da PanAm sobre Lockerbie (1988, 270 mortos).
A produção igualmente conta com os testemunhos de Martin Indyk, ex-conselheiro do presidente americano Bill Clinton; o ex-ministro francês das Relações Exteriores, Roland Dumas, e a ex-comissária europeia das Relações Exteriores, Benita Ferrero Waldner.
(G1)
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