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Corte Internacional de Justiça lamenta falecimento do juiz Cançado Trindade

Brasileiro era membro do órgão da ONU desde 2009 e é lembrado pela sua “ilustre carreira nos campos da lei internacional e dos direitos humanos”

30 Mai 2022 - 19h15Por ONU News
Juiz Antônio Augusto Cançado Trindade - Crédito: Arquivo PessoalJuiz Antônio Augusto Cançado Trindade - Crédito: Arquivo Pessoal

A Corte Internacional de Justiça, CIJ, emitiu uma nota nesta segunda-feira “anunciando, com imensa tristeza, o falecimento do juiz brasileiro Antônio Augusto Cançado Trindade”. Ele morreu no domingo, 29 de maio, aos 74 anos. 

O jurista era membro da CIJ, que faz parte das Nações Unidas, desde 2009. Ele foi reeleito para continuar como juiz do tribunal internacional em Haia, na Holanda, no final de 2017.

Última entrevista para a ONU News 

Na ocasião, o juiz Cançado Trindade concedeu uma entrevista à ONU News, que viria a ser a sua última para a agência de notícias da ONU. Na conversa com Mônica Grayley, ele fez questão de destacar o orgulho que sentia de pertencer a um país lusófono dentro da Corte onde os idiomas oficiais são inglês e francês.

“Eu tenho absoluta consciência da necessidade de completa independência e autonomia de um juiz, ainda mais sendo de língua portuguesa. O fato de eu ser de língua portuguesa me dá uma enorme satisfação e eu me mantenho absolutamente autônomo. Eu digo aos meus colegas: não sou francófono e não sou anglófono. Não sou nem do grupo anglófono e tampouco do grupo francófono. Eu sou lusófono!”. 
Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 17 de setembro de 1947, Cançado Trindade formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mais tarde, mudou-se para o Reino Unido, onde conseguiu os títulos de mestre e de Doutor em Lei Internacional pela Universidade de Cambridge.

Rica carreira acadêmica 

Na nota de falecimento, a Corte Internacional de Justiça ressalta que o juiz Cançado Trindade “liderou uma carreira ilustre nos campos da lei internacional e dos direitos humanos”. 

O seu cargo no tribunal em Haia só iria expirar em fevereiro de 2027. A CIJ lembra ainda que além de juiz, ele teve uma vasta carreira acadêmica, tendo em sua autoria 78 livros, 790 monografias, além de contribuições para várias publicações e artigos sobre direito internacional, para vários países e em vários idiomas. 
 

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