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Chega ao final uma das estações mais arrasadoras de furacões no Atlântico

Encerramento oficial ocorre neste 30 de novembro; foram 18 tempestades incluindo 11 furacões dos quais cinco estiveram nas categorias de 3 a 5 com ventos de até 178 km/h

29 Nov 2024 - 20h45Por ONU News
Imagem de satélite do furacão Beryl no Caribe, uma tempestade de categoria 5 com ventos de 165 mph às 8h00 do dia 2 de julho de 2024 - Crédito:  Noaa Imagem de satélite do furacão Beryl no Caribe, uma tempestade de categoria 5 com ventos de 165 mph às 8h00 do dia 2 de julho de 2024 - Crédito: Noaa

Termina neste sábado, 30 de novembro, a estação anual de furacões no Atlântico. Este ano, as 18 tempestades que atravessaram a região deixaram um rastro de destruição, devastação, ferimentos e mortes além de perdas econômicas massivas.

Três deles foram mais destrutivos com ventos de até 178 km/h. Beryl que atingiu a categoria 5, na escala Saffir-Simpson, levou grandes danos ao Caribe. Já Helene e Milton que causaram perdas catastróficas aos Estados Unidos.

Eventos cada vez mais extremos de temperatura

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirma que esta é a nona estação consecutiva com atividades acima da média. Geralmente, existem 14 tempestades que recebem nomes, sete furacões e três grandes furacões desde o início da estação em todo 1º de junho.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, acredita que os movimentos atípicos, ano após ano, são resultado de eventos de temperatura cada vez mais extremos incluindo a rápida intensificação de ciclones tropicais, chuvas e enchentes.

Em 2024, o furacão Beryl, de categoria 5, e o que mais cedo cruzou o Atlântico segundo os registros, causou destruição através do Caribe. Mas fez menos mortes se comparado a outros em anos anteriores. Beryl chegou aos Estados Unidos no início de julho.

Dados preliminares indicam que o Helene foi o mais mortal a afetar a parte continental dos Estados Unidos desde o furacão Katrina, em 2005. Foram mais de 150 mortes diretas e a maioria ocorreu nos estados da Carolina do Sul e do Norte.

O furacão Beryl causou devastação na Union Island, em São Vicente e GranadinasO furacão Beryl causou devastação na Union Island, em São Vicente e Granadinas - Foto: WFP/Fedel Mansour

Alertas precoces têm ajudado a reduzir número de mortes

Para a OMM, a diferença também foram avanços no trabalho de alertas precoces dos países da região.

Entre 1970 e 2021, os furacões eram a maior causa de perdas de vidas e econômicas em todo o mundo, com mais de 2 mil desastres.

O número de mortes tem descido de 350 mil nos anos 70 para menos de 20 mil entre 2010 e 2019. Já as perdas econômicas na última década foram de US$ 573,2 bilhões.

Os alertas precoces têm ajudado, dramaticamente, a reduzir as mortes, mas as perdas financeiras permanecem.

Somente nos Estados Unidos, quatro furacões levaram a um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão este ano.

Já os Pequenos Estados-Ilhas em Desenvolvimento no Caribe são os que mais sofrem desproporcionalmente. 

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