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Brasil: Conselho de Segurança precisa de reforma para retratar realidade global

Vice-presidente do Brasil falou à ONU News sobre necessidade de mudanças no órgão responsável por paz e segurança

22 Jul 2022 - 12h15Por ONU News
Vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão - Crédito: UN Photo/Manuel EliasVice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão - Crédito: UN Photo/Manuel Elias

As Nações Unidas têm um papel importante no mundo, que atualmente é mais diverso que o de 1945, quando a organização foi criada.

Para se ter uma melhor dimensão dessas mudanças geopolíticas, é preciso haver uma reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Equilíbrio de poder   

A declaração é do vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão. Ontem (21), ele presidiu os trabalhos do órgão e apresentou uma declaração de preocupação com a situação de meninas e mulheres, paz se segurança no Haiti.

Ele disse à ONU News que é hora de  renovar o Conselho.

 “Eu acho que o Brasil tem uma posição papel muito clara em relação ao papel das Nações Unidas, ao papel da ONU e principalmente do Conselho de Segurança. Vamos lembrar que quando as Nações Unidas foram criadas no pós-Segunda Guerra Mundial, tinham 51 membros. Hoje, são 193 praticamente quatro vezes mais. Então, eu acho que nós devíamos ter uma nova dimensão em termos de membros permanente do Conselho de Segurança para que ele retratasse, fielmente, o que é o equilíbrio de poder, a importância que cada região do mundo tem dentro desse concerto de 193 nações.”

Assento permanente e direito a veto

Desde a criação da ONU, cinco países-membros têm direito a assento permanente e veto no Conselho: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

Os outros 10 membros da casa ocupam assentos rotativos, com direito a um mandato de dois anos, cada.

Para uma resolução ser aprovada ela precisa de nove dos 15 votos e nenhum veto, um direito que pode ser aplicado por qualquer dos cinco membros permanentes.

As negociações para a reforma do Conselho de Segurança são realizadas na Assembleia Geral e já duram mais de duas décadas.

O Brasil ao lado da Alemanha, Índia e Japão formou o grupo G4 que defende a ampliação do Conselho para refletir a ordem geopolítica atual e não a de 1945 quando a ONU foi criada.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que foi boina-azul na Missão da ONU em Angola, nos anos 90, afirma que as Nações Unidas têm um importante papel a desempenhar na concertação e cooperação entre os países. Para ele, essas atuações devem sempre buscar o benefício de todas as partes envolvidas.

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