A imagem do Brasil na política ambiental já influencia negativamente as negociações comerciais do governo com outros países. O governo francês argumenta que o Brasil não parece estar comprometido com o Acordo de Paris – acordo no qual as nações se comprometeram a cumprir metas de redução dos gases poluentes – o que afeta diretamente as negociações de comércio entre Mercosul e União Europeia.
John Kirton, diretor do grupo de estudos do G20, da Universidade de Toronto, também adverte que o Brasil deve adotar um discurso mais responsável em relação a diminuição das mudanças climáticas se quiser o apoio da União Europeia para integrar a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento – seleto grupo integrado pelas mais ricas economias mundiais, é um dos principais projetos do governo brasileiro. Fazer parte da OCDE funciona como uma espécie de selo de boas práticas comerciais e de desenvolvimento.
Enquanto isso...
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em entrevista com a BBC News Brasil, disse que o governo insistirá na exploração econômica da Amazônia diversificando atividades exploratórias dentro e no entorno da floresta. Falou também sobre a exigência que o governo brasileiro fará aos países desenvolvidos para que paguem aos produtores rurais brasileiros, compensações, se quiserem que o Brasil conserve mais a floresta.
O "Pulmão do Mundo"
Essencial para o controle do aquecimento global, a floresta Amazônica recebe o apelido de “Pulmão do Mundo”, pois absorve o CO2 da atmosfera e estima-se ser responsável por 20% do oxigênio produzido no planeta.