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Bachelet: “Trabalho de jornalistas em expor atrocidades é mais crucial que nunca”

Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos discursa ao lado dos jornalistas e Prêmios Nobel da Paz, Maria Ressa e Dmitry Muratov

03 Mai 2022 - 16h30Por ONU News
Jornalistas trabalham na cobertura de um evento - Crédito: Unsplash/Jovaughn StephensJornalistas trabalham na cobertura de um evento - Crédito: Unsplash/Jovaughn Stephens

 

Para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, neste 3 de maio, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos participou de um evento em Genebra, ao lado dos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz 2021: os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia. 

Michelle Bachelet destacou que os dois profissionais já enfrentaram “uma montanha de desafios em nome da preservação da liberdade de expressão em seus países.”

Intimidações e assédio 

Bachelet destacou que o 3 de maio é uma data para homenagear os profissionais “que trabalham em meio a assédios, intimidações, vigilância e riscos”, para que todas as pessoas tenham acesso a informações gratuitas, precisas e independentes.  

Apesar do papel crucial que têm para as sociedades, Bachelet lembra que os “jornalistas continuam atuando sob grandes ameaças”, seja em zonas de conflito ou em países com espaço cívico restrito e altos níveis de crime organizado. 

Profissionais assassinados  

A alta comissária citou casos de jornalistas assassinados ao redor do mundo. De acordo com a Unesco, foram 55 profissionais mortos no ano passado, sendo que a impunidade permanece: 87% dos crimes ocorridos desde 2006 ainda não foram elucidados. Somente desde o fim de fevereiro, 12 jornalistas já foram assassinados nos ataques da Rússia à Ucrânia.  

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Michelle Bachelet falou também sobre o uso de softwares espiões Pegasus e Candiru, que segundo ela, “são uma afronta ao direito à privacidade e uma obstrução à liberdade de expressão.”

Combate à desinformação

A alta comissária afirmou que o Pegasus é usado em pelo menos 45 países, na maior parte das vezes de forma secreta.  

Bachelet afirma que essas nações estão falhando para com os jornalistas ao forçar o uso desses sistemas e por isso, ela já pediu uma moratória na utilização desses programas.  

A alta comissária para os Direitos Humanos ressaltou a importância de se promover uma imprensa livre e independente e assim, combater a desinformação, construir confiança pública e proteger os direitos humanos.  

Aos jornalistas de todo o mundo, Bachelet ressaltou a “coragem e o compromisso destemido em nos trazer a verdade”.  

 

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