\"Não podem deixar de aproveitar o conflito interno surgido na Líbia para promover a intervenção militar. As declarações feitas pela administração dos Estados Unidos desde o primeiro instante foram categóricas nesse sentido\", afirmou Fidel, em mais um artigo publicado na imprensa estatal.
\"Estados Unidos e Otan estão seriamente preocupados com a onda revolucionária desatada no mundo árabe, onde se gera grande parte do petróleo que mantém a economia de consumo dos países desenvolvidos e ricos\".
\"As circunstâncias não podiam ser mais propícias. Nas eleições de novembro, a direita republicana aplicou um golpe contundente ao presidente Barack Obama, especialista em retórica\".
\"O grupo fascista da \'missão cumprida\' (em referência ao ex-presidente George W. Bush), apoiado agora ideologicamente pelos extremistas do Tea Party, reduziu as possibilidades do atual presidente a um papel meramente decorativo, no qual periga, inclusive, seu programa de saúde e a duvidosa recuperação da economia\", acrescentou.
No artigo da semana passada, Fidel afirmou que os Estados Unidos e a Otan fazem uma \"dança macabra de cinismo\" ao incentivar uma guerra civil na Líbia, em busca do controle do petróleo.
\"Nada teria de estranho a intervenção militar na Líbia, com o que, além disso, garantiria à Europa quase dois milhões de barris diários do petróleo leve\", indica Fidel, em seu segundo artigo sobre o tema.
Para Fidel, que conheceu pessoalmente Kadhafi quando visitou a Líbia em maio de 2001, o que acontece nesse país é uma guerra civil na qual \"ninguém no mundo jamais ficará de acordo com a morte de civis indefesos\". (G1)