
E ainda terá de assistir ao grande rival Paysandu na decisão do estadual (contra Independente ou Cametá) e na Série C nacional.
Com tamanha crise, a torcida de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas busca explicação para a queda vertiginosa do clube no cenário nacional. Há três semanas no comando da equipe, Givanildo Oliveira externou a sua versão sobre o momento do Remo.
- O Remo é um clube enorme deste país. No entanto, não vive um período muito bom. Além de estar há três anos sem ganhar um turno que seja do Campeonato Paraense, o clube terá de ficar até o fim do ano sem disputar uma partida oficial, já que não adquiriu direito de disputar o Campeonato Brasileiro. Essa torcida não merece isso. Em qualquer jogo, eles levam mais de 10 mil pessoas ao estádio. O problema maior está na base do clube, que praticamente não é aproveitada. Também falta um CT suficientemente bom para trabalhar - declarou o técnico, entristecido.
A situação atual do Remo, que acumula 14 participações na Série A do Brasileiro, assemelha-se àquela que o Santa Cruz-PE viveu num período não tão distante. Curiosamente, Givanildo também passou pelo Arruda e vivenciou de perto o sofrimento de outra grande torcida. No caso pernambucano, a nuvem negra dá sinais de que pode se dissipar, após o título estadual.
- Eu trabalhei no Santa Cruz no ano passado, e a situação era bem parecida. O Santa também tem uma torcida apaixonada e chegou a ficar um semestre inteiro sem jogos oficiais. Neste ano, conseguiram ganhar o Campeonato Pernambucano e renovaram a autoestima do torcedor. Espero que o mesmo aconteça aqui com o Remo, o mais rapidamente possível - frisou Givanildo.
O futuro do treinador no clube não está traçado. O clube ainda alimenta uma remota esperança de disputar a Série D. O sopro de confiança vem dos problemas enfrentados pela Federação Piauiense, o que poderia acarretar a perda da vaga do Piauí na competição nacional. Como o Remo sonha herdar esse lugar, os jogadores seguem treinando, à espera de uma definição. No entanto, com o fim da paralisação do Campeonato Piauiense, o sonho azulino não deve passar de devaneio.
Outra tentativa frustrada foi a de interromper a sequência do Campeonato Paraense por conta de um problema de documentação do jogador Edílson Belém (possui dois registros com datas de nascimento distintas), do Independente, adversário que eliminou o Remo no domingo retrasado ao vencer por 2 a 0. Nessa segunda-feira, o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Pará (TJD-PA) decidiu absolver o Independente, e assim foi decretada mais uma derrota do Remo, desta vez no tapetão.
Quem também sofreu revés na Justiça foi o presidente do Remo, Sérgio Cabeça. Ele foi condenado no último dia 25 de maio a 16 anos de prisão, mas ainda cabe recurso. A sentença dizia que Cabeça \"violou os deveres de probidade, moralidade e lealdade com a administração pública\" quando era diretor do Centro Federal de Ensino Tecnológico do Pará (Cefet-PA), ainda na década de 90.
Indignada, a torcida pichou o muro do Baenão na última segunda-feira com os dizeres: \"Time medíocre, sem vergonha!\". Nas redes sociais, ela afoga as mágoas num verdadeiro muro de lamentações virtual. Um torcedor, Luiz Fernando Fonseca, dispara contra a diretoria:
- Já estamos cansados de tanta incompetência, dos mandos e desmandos dos dirigentes do Clube do Remo. É um poço de vaidade. Eles acham que o clube é deles. Devemos, nós torcedores, nos unirmos a fazermos um protesto para que essa diretoria seja banida do clube. Porque, se não tomarmos uma atitude para mudar as coisas no Clube do Remo, o mesmo vai continuar sendo uma ilusão.
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