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Com 76 medalhas, equipe de MS supera desempenho e conquista título inédito nas Paralimpíadas Escolares 2018

27 Nov 2018 - 09h00Por da Redação
Com 76 medalhas, equipe de MS supera desempenho e conquista título inédito nas Paralimpíadas Escolares 2018 - Crédito: Vanessa Ayala Crédito: Vanessa Ayala

Mato Grosso do Sul encerrou a participação no maior evento paradesportivo escolar do mundo com uma brilhante atuação. Os atletas sul-mato-grossenses conquistaram na 12ª edição das Paralimpíadas Escolares, 76 medalhas para o Estado sendo 44 ouros, 14 pratas e 18 bronzes.

O evento realizado em São Paulo, de 18 a 24 de novembro, reuniu cerca de duas mil pessoas, 989 atletas de 23 estados mais o Distrito Federal. No ranking geral, os anfitriões do evento, garantiram o lugar mais alto do pódio, pela sétima vez, Santa Catarina ficou com a segunda posição e Distrito Federal, na sequência.

A delegação do MS, composta por 108 integrantes (73 atletas, cerca de 32 staffs e 3 dirigentes) participaram das modalidades de atletismo, basquete 3×3, bocha, futebol de sete, judô, natação e tênis de mesa, nas categorias (masculino e feminino).

Neste ano, além do aumento do número de medalhas em relação às edições anteriores, o Estado conquistou o 3º lugar no ranking geral do atletismo e judô e ganhou, pela primeira vez, o título de “Confraternização” do evento, devido à organização, comportamento, animação e entrosamento com as demais delegações participantes.

“Ficamos contentes com o desempenho da delegação, o resultado satisfatório, se deu, pela dedicação dos atletas e técnicos, aliado ao apoio dos pais e ao investimento do Governo do Estado por meio da Fundesporte [Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul], gestão séria e comprometida com a valorização do esporte sul-mato-grossense, em suas diversas vertentes e abrangências”, comenta Marcelo Miranda, diretor-presidente da Fundesporte.

Atletismo

O atletismo de MS garantiu o 3º lugar no ranking geral da competição, com maior número de medalhas. Foram 40 no total: 29 de ouro, 6 de prata e 5 de bronze. Os representantes de Campo Grande e Dourados mostraram a força da modalidade nas provas de 60m, 75m, 150m, 250m, 400m, 800m, 1000m, peso, pelota, disco, dardo e salto à distância, em suas respectivas categorias (sub14, sub16 e sub18).

De acordo com o técnico de atletismo paralímpico Toninho Pietramale, mais um degrau no ranking foi conquistado, superando o número de medalhas do ano passado.

“Voltamos para casa com o coração alegre, alma feliz e o sentimento de dever cumprido, em 2017, ficamos em quarto lugar no geral e obtivemos 18 medalhas, nesta edição conquistamos o 3º lugar no pódio da classificação geral e mais que o dobro de medalhistas, para nós é um orgulho e satisfação levar este título para MS e o mais importante, nossos atletas ficaram muito felizes com o resultado, isso é o que mais importa”, pontua.

Judô.

No judô, Mato Grosso do Sul, também conquistou o 3º lugar no ranking geral, os quatro representantes da modalidade, garantiram 2 ouros e 1 bronze. Luciano S. Stuart levou o ouro na categoria até 60 Kg, Hellen Cordeiro, foi campeã nos 63 Kg e Larissa B. da Silva garantiu a medalha de bronze na categoria até 48 Kg.

Para Anne Talitha, técnica da equipe, o evento deixou grandes experiências e aprendizados. “A Paralimpíada é, sem dúvida, uma escola muito boa. Viemos num crescente, a cada ano conseguimos classificar e, nesta edição, tivemos uma renovação da equipe, com atletas mais jovens, participando da sua primeira competição fora do Estado, para nós é uma alegria retornar com o 3º lugar da competição, ficamos muito contentes”.

Natação

Os atletas da natação, deslizaram nas piscinas do Centro de Treinamento Paralímpico, foram 22 medalhas no geral com 12 ouros, 6 pratas e 4 medalhas de bronze.

Milaini Araújo, foi campeã nas cinco provas que competiu, a atleta comentou sobre sua atuação e a alegria de fazer parte da natação, representando o Estado. “Consegui atingir meu objetivo, graças a Deus conquistei as medalhas, não foi fácil, treinei muito para isso.  Fico feliz em participar dessa equipe, Mato Grosso do Sul conseguiu trazer bastante medalha dessa vez, mais que o ano passado. E, agora, é continuar treinando, para o ano que vem”, diz.

A mãe da jovem, a acompanha em todos os eventos que participa, e não foi diferente desta vez, segundo Milane, a filha quer alçar voos ainda mais altos, “Esperamos melhorar a marca para poder estar nas Paraolimpíadas de 2020, em Tokyo, estamos confiantes, é o nosso objetivo”, ressalta.

Tênis de Mesa e Bocha

A equipe do tênis de mesa conquistou o 4º lugar no ranking geral da modalidade, com 1 ouro, 1 prata e 8 bronzes, os atletas aguentaram a pressão da etapa nacional, superando as dificuldades, mesmo sendo a primeira participação da maioria dos atletas.

“Eles se doaram de corpo e alma, não desistiram, lutaram até o final, estamos felizes com o resultado, não foi fácil, mas para mim ver um atleta conseguindo fazer um movimento, realizando jogadas, que antes não conseguia, já vale todo o esforço, não tem preço” revela, Diego Vital, técnico do tênis de mesa.

A atleta Ana Vitória Ribeiro, garantiu a medalha de prata para a bocha do MS, a atleta havia conquistado o título de 2017, sendo uma das favoritas da competição. Durante o jogo da final, os olhares estavam atentos em cada lance, a torcida e o técnico, não esconderam a ansiedade, até os últimos minutos da partida. O título não veio dessa vez, ficando com o segundo lugar, mas o sorriso de Ana ao lado dos colegas foi ouro.

Futebol de 7 e Basquete 3×3

No futebol de 7, o time sul-mato-grossense no embate contra Minas Gerais, perdeu por 3×0 no primeiro jogo do dia. Na segunda disputa, os meninos de MS foram desclassificados, devido à classificação funcional, deixando a competição. “Desta vez não deu, tivemos muitas baixas médicas durante o evento, o futebol de sete do MS, sempre foi ouro, mas 2019 estamos aí novamente”, comenta o chefe da delegação Marcos Antunes.

O basquete em cadeira de rodas, ainda vem caminhando na campanha, nesta edição os atletas ficaram em sexto lugar no geral. Mas segundo, Belquice Falcão o mais importante não é o resultado, mas a vivência e transformação que acontece com os atletas nos jogos.

“Para nós o mais importante é a participação dos atletas, eles vivenciaram um mundo novo, superaram os obstáculos que não são poucos e trocaram novas experiências, um grande exemplo é o Vitinho do basquete em cadeira de rodas, ele saiu de Corguinho para treinar em Campo Grande, aprendeu a ler e a escrever, pela necessidade de se comunicar e evoluir no esporte, hoje ele treina com o time adulto do Pantanal Sobre Rodas, e faz sucesso nas Paralimpíadas Escolares, se tornou muito mais independente, é a nossa principal recompensa”, comenta a coordenadora das Paralimpíadas Escolares no MS, Belquice Falcão.

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