- Dava para defender sim. O chute foi forte e não era uma bola fácil. Ainda mais porque ela caiu de repente, mas era defensável. Mas confio no meu trabalho e não acho que esse gol tenha decretado a eliminação. Estávamos nos classificando até os 40 minutos do segundo tempo. Não é um gol como esse que vai mudar tudo o que já fiz pelo Fluminense - explicou o goleiro.
Nenhum torcedor aparece no Galeão
Consciente, Berna admitiu também que o Libertad-PAR dominou a partida e lembrou que há 15 dias a delegação era recebida com festa no mesmo aeroporto por mais de mil torcedores. Na manhã desta quinta, nenhum tricolor apareceu no Galeão para protestar. Assim como aconteceu no Paraguai, a delegação do Fluminense estava escoltada por dez seguranças que não tiveram trabalho.
- É decepcionante. E ficamos ainda mais tristes pelo torcedor. Agora é colocar a cabeça no lugar e já começar a pensar no Campeonato Brasileiro. A Libertadores já é uma página virada - garantiu Ricardo Berna, que comentou ainda suas declarações e gestos após a vitória por 3 a 1 na primeira partida, no Engenhão.
- Algumas pessoas acham que eu estava falando aquilo para a torcida. Mas estão enganadas. Nunca desrespeitei nosso torcedor. Aquilo foi um desabafo. E os gestos foram justificados na saída do campo. Eu estava muito chateado - disse.
Visivelmente abatido, Fred, um dos mais criticados pela torcida após a derrota por 3 a 0 e a consequente eliminação diante do Libertad-PAR, ficou distante do grupo e pensativo no embarque em Assunção. Na escala em São Paulo, o atacante permaneceu na capital paulista ao lado de Deco e Mariano. Já Conca seguiu do Paraguai direto para a Argentina, onde aproveitará os dias livres ao lado da família.
Os jogadores terão cinco dias de folga e só se reapresentam na próxima terça-feira, às 15h30, nas Laranjeiras. O Fluminense estreia no Campeonato Brasileiro no próximo dia 22 de maio, contra o São Paulo, no Rio, em estádio ainda a ser definido.