Senna morreu em 1993 - Crédito: Divulgação/FacebookDono de dez vitórias na Fórmula 1, o austríaco Gerhard Berger foi um dos principais personagens da categoria nas década de 1980 e 1990. Fora das pistas, o ex-piloto ficou marcado pela amizade com Ayrton Senna, com quem correu entre 1990 e 1992 pela McLaren. E é o tricampeão que, para Berger, figura como o melhor piloto da história, apesar dos recordes de Michael Schumacher e Lewis Hamilton, que alcançou a marca de vitórias do heptacampeão no GP de Eifel.
- Para mim, o melhor ainda é Ayrton. Já vi os três (Senna, Schumacher e Hamilton) de perto, alguns na disputa roda com roda, e ele é o melhor piloto que já vi. Ele morreu cedo, mas até então tinha todos os recordes em mãos. Ele também estava no carro que iria batê-los nos anos que se seguiram. Acho que Ayrton teria se tornado campeão mundial mais vezes e a contagem teria sido diferente - opinou o ex-piloto.
Hoje com 61 anos, o austríaco é um dos pilotos com mais experiência na F1, tendo disputado 210 grandes prêmios entre 1984 e 1997. Além da McLaren, Berger correu também na Ferrari e na Benetton, com passagens por Arrows e ATS.
Ex-acionista e consultor da STR (hoje AlphaTauri) na época de estreia de Sebastian Vettel, Berger não deixou de reconhecer as conquistas de Schumacher e Hamilton, apesar de admitir que a trajetória do heptacampeão até o auge na F1 o leve a preferir que ele ainda mantivesse seu status de piloto mais bem-sucedido da história:
- Eu gostaria que Michael continuasse sendo o piloto de maior sucesso da história por muito tempo por causa de seu destino, que é tão dramático que você quase chora ao pensar nisso. Mas Hamilton é um piloto excepcional e ele provou inúmeras vezes que merece este título.
O debate sobre os dois pilotos se materializou como o centro do atual campeonato, no qual Hamilton já alcançou o número de vitórias do alemão e pode também igualar o número de títulos mundiais, tornando-se ao lado de Schumacher o maior campeão da categoria. E nessa discussão, Berger optou por não escolher necessariamente um lado, concordando com o impacto da dupla no esporte.
- Esta é uma batalha entre dois gigantes que discutiremos por anos. Estamos no topo, onde você não pode dizer quem é o melhor, e você tem que deixar por isso mesmo, porque eles moldaram nosso esporte ao máximo - finalizou.
Na briga pelo seu sétimo título, Hamilton segue em uma confortável liderança com 230 pontos e sete vitórias. No entanto, a disputa continua; com 150 pontos em jogo nas próximas seis etapas do campeonato, quem ocupa a vice-liderança é o companheiro do britânico na Mercedes, Valtteri Bottas, com duas vitórias e 69 pontos a menos que o hexacampeão.
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