Jogadores que estavam no Itaporã devem ser apresentados no Misto na próxima quarta-feira. - Crédito: Foto: Divulgação
Já iniciado, com uma partida da primeira rodada disputada – o empate em 1 a 1 entre Comercial e Novoperário – o Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2016 está com o foco fora das quatro linhas. A novela da desistência do Itaporã anunciada através de uma coletiva, mas que ainda não foi oficializada junto à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), segue com capítulos interessantes.Esta semana, o presidente do Azulão, João Garcia, visitou a entidade máxima do futebol do Estado para reiterar o pedido feito em 18 de dezembro de 2015, de ocupar vaga de algum desistente da Série A, baseado em trechos da Lei Profut, segundo a FFMS.
A Federação alega, no entanto, que não pode interferir até que tenha em mãos oficializada a desistência do Itaporã e que, caso o time envie tal documento isto ocorreria fora de prazo.
Sendo assim, ninguém ocupará a vaga e a fica mantida a punição à equipe de permanecer dois anos fora de competições da FFMS.
E mesmo que ainda não esteja oficializada, esta desistência está cada dia mais consolidada. Esta semana, no âmbito empresarial, não surgiu qualquer novidade sobre a hipótese de um investidor assumir o Itaporã para o Estadual 2016. Segundo assessoria de Tony Montalvão, não há nada sobre investidores, apenas especulações.
Além disso, foi divulgado que os jogadores que compunham o plantel do Itaporã devem ser anunciados no time do Misto, na próxima quarta-feira segundo informou o próprio clube de Três Lagoas.
Os ex-jogadores do Itaporã irão se juntar aos sete jogadores da equipe do Misto e terão menos de duas semanas para se preparar para a estreia no campeonato sul mato-grossense, diante do Operário, no estádio das Moreninhas.
Isto dificulta ainda mais a permanência do Itaporã, que teria de montar novo plantel até o dia 14 de fevereiro, data marcada para estrear contra o Sete de Dourados.
Para piorar, a FFMS publicou nota alegando a inaptidão do Estádio Chavinha para jogos até que tenha o laudo de segurança revalidado.
Rebateu
Quando da coletiva de desistência, a então diretoria do Itaporã alegou que faltou apoio do poder público municipal. A prefeitura divulgou nota em que o prefeito, Wallas Milfont, rebate as afirmações de Tony Montalvão.
Em nota oficial, o chefe do executivo municipal contestou o dirigente: alegou que nunca prometeu ajuda financeira ao time e apresentou cópia de um contrato, datado de março de 2015, entre a prefeitura e o clube.
De fato, Montalvão disse na coletiva que não havia qualquer promessa de dinheiro para ajudar a manter o clube, no entanto, o descaso ocorria em diversas esferas do dia-a-dia do clube.