
A vida não tem nenhum valor no Brasil depois que permitiu-se que matar não é sinônimo de ir para cadeia e sim de se apresentar na Delegacia e posteriormente responder em liberdade na justiça. Raramente vai para a prisão quem mata. Posteriormente apresenta sua versão sobre o crime e somente a versão do assassino é analisada, pois quem está morto já não pode mais se defender e geralmente não sobra testemunha com coragem de relatar a justiça o que aconteceu.
Outro fator que certamente contribui e muito para o crescente numero de assassinatos é o narcotráfico que toma conta não somente do Brasil como do mundo. Graças a omissão do estado brasileiro o trafico e o consumo de drogas foi se alastrando por todas as cidades brasileiras e se instalando em todos os lugares. Hoje este crime domina as grandes e pequenas cidades e esse domínio é geral e o crime de homicídio fala mais alto quando o assunto é relação entre traficante e usuário, quase sempre com este último levando a pior justamente por ser a parte mais fraca desta relação. No mundo do tráfico não existe a palavra perdão ou compaixão e o tempo todo, a sentença de morte é a palavra mais empregada e praticada.
A lista, divulgada anualmente pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, leva em conta o número de homicídios por 100 mil habitantes e inclui apenas cidades com trezentos mil habitantes ou mais. Foram excluídos países que vivem “conflitos bélicos abertos”, como Síria e Iraque.
Apesar de o Brasil ser o país com mais representantes, o maior índice de violência foi detectado nas cidades da Venezuela. A taxa média brasileira foi de 45,5 homicídios por 100 mil habitantes e a venezuelana, de 74,65. Caracas, capital do país, lidera o ranking geral, com 119,87 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes.
Primeiro lugar por quatro anos seguidos, San Pedro Sula, em Honduras, conseguiu reduzir o número de homicídios e passou para o segundo lugar. San Salvador, capital de El Salvador, ficou em terceiro.
No ranking de 2015 das 50 cidades mais violentas do mundo, divulgado, 21 estão no Brasil, cinco a mais que em 2014. Caracas, a capital da Venezuela, é a mais violenta do mundo. Fortaleza, capital do Ceará, a mais violenta do Brasil.
O tema divide opiniões no senado. Na avaliação do senador José Medeiros (PPS-MT), grande parte da violência está relacionada ao narcotráfico. Na opinião da senadora gaúcha, Ana Amélia (PP-RS) a solução para o problema da violência no país passa por ações conjuntas de todos os órgãos vinculados à segurança e de todas as esferas de governo.
Mais investimento em segurança pública, eficiência no controle das fronteiras e concursos para a polícia federal foram apontados pelos senadores como medidas para reduzir a violência no país.
A solução não é tão simples assim. Não é através de mais policiais federais que o problema será solucionado. Primeiro o que se tem a fazer é admitir que o Brasil está perdendo para a violência, que as próprias fronteiras estão abertas, escancaradas para o trafico de armas e drogas. O crime se organiza e o estado não consegue se equipar o suficiente para enfrentar os criminosos. O País não consegue se planejar, impor estratégias, reagir contra o crime que aos poucos foi recrutando os nossos jovens pela própria omissão do estado.
O tempo foi passando e o crescimento populacional foi sendo registrado, porém não se tem um controle sobre este crescimento populacional. Onde estão os nossos jovens que muito cedo deixam a escola?. A omissão é geral. Começando pelos pais e se completando com o estado. Não se tem um controle rigoroso nem mesmo sobre os presídios brasileiros onde também se mata pela droga. Presos comandando o tráfico de dentro das cadeias. Cometendo assassinato na cela ou determinando que assassinatos ocorram fora da prisão. Então, a violência é o retrato da omissão do estado.