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Setor de serviços cai 5,9%, no pior março desde 2012

12 Mai 2016 - 13h59
Em março, o volume do setor de serviços do país recuou 5,9% frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Crédito: Foto: DivulgaçãoEm março, o volume do setor de serviços do país recuou 5,9% frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Crédito: Foto: Divulgação
Em março, o volume do setor de serviços do país recuou 5,9% frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (13). Esse é o pior mês de março da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que teve início em 2012.

No ano, o setor acumula queda de 5% e em 12 meses, de 4,4%.

"O desaquecimento da economia como um todo do setor industrial que vem ocasionando essa menor contratação de serviços", afirmou Roberto Saldanha ao site do G1, técnico de serviços e comércio do IBGE. "Isso tudo, com essa base [de comparação] de março [de 2015] um pouco elevada acentuou a queda [neste mês]", completou.

Foram registradas variações negativas em serviços prestados às famílias (-3,8%); serviços de informação e comunicação (-5,9%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-6,8%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-7,2%). Na contramão, o segmento de outros serviços registrou crescimento de 2,6%.

"Por modalidade, os resultados de volume foram: transporte terrestre, com -10,1%, transporte aquaviário, com -2,4%, e transporte aéreo, com 1,4%. A atividade de armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou decréscimo de 5,3%", disse o IBGE, em nota.

De acordo com Saldanha, esta é a primeira queda nominal e real desde o início da série história do transporte aquaviário. O especialista afirmou que o frete caiu apesar de as exportações terem subido.

"Desaceleração da economia chinesa, resultou em menor demanda de importação de produtos, maior competição de mercado internacional e a baixa do preço do petróleo. Isso fez com que as empresas reduzissem o valor do frete e resultou nessa queda de 2,4%", explicou.

As Atividades turísticas, que havia mostrado resultado positivo em fevereiro (1,3%) e janeiro (0,5%), retraíram 2,3% em março, em comparação com o mesmo mês em 2015. No ano, esse segmento caiu 0,2% e, em 12 meses, o recuo foi de 1,4%.

"Mas de qualquer forma, o próprio desaquecimento das atividades econômicas como um todo afetam o setor de serviços", concluiu.

Análise regional

Na comparação anual, o setor de serviços subiu em Tocantins (9,3%), Roraima (7,3%), Rondônia (6,9%), Distrito Federal (4,1%), Ceará (1,4%) e Alagoas (0,2%). As maiores variações negativas de volume foram observadas no Amazonas (-16,3%), Amapá (-15,3%) e Maranhão (-11,7%).

Trimestre

O setor de serviços acumulou queda de 5% no primeiro trimestre deste ano. As quedas mais relevantes partiram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-6,7%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-5,2%) e serviços de informação e comunicação (-4,4%), "ou seja, os segmentos com maior peso na estrutura do setor de serviços", apontou o instituto.

"Em relação ao quarto trimestre, houve ligeira melhora. A taxa caiu menos. Mas é cedo para falar em recuperação. Não dá para afirmar isso. Não podemos falar que é um trimestre que está iniciando uma recuperação", analisou Saldanha.

De acordo com o técnico do IBGE, o quatro trimestre de 2015 foi "até o momento o menor patamar que um trimestre já atingiu [na série histórica da PMS]".

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