
O licenciamento registrou retração de 38,8%, com a venda de 155,3 mil unidades em janeiro deste ano. Em igual mês do ano passado, foram comercializadas 253,8 mil. Na comparação com o mês de dezembro, quando foram vendidos 227,8 mil veículos, houve queda de 31,8%. “O desempenho foi bastante negativo, mas nada que nos surpreendesse, porque já havíamos alertado que teríamos quedas relativas mais altas do que a previsão de fechamento do ano”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
As exportações aumentaram 37,1% em janeiro de 2016 na comparação com o mesmo mês de 2015. No primeiro mês de 2016, foram vendidas 22,3 mil unidades no mercado externo, ante as 16,3 de janeiro do ano passado. Na comparação com dezembro de 2015, com exportações de 46,2 mil unidades, foi registrada queda de 51,7%.
“Tivemos um crescimento bastante significativo de janeiro para janeiro. Apesar da queda em relação a dezembro, a elevação com relação a janeiro é o que importa. Continuamos priorizando as exportações e trabalhando com o governo na abertura de novos mercados neste primeiro semestre”, destacou o presidente da Anfavea. Além disso, Moan disse que o setor automobilístico brasileiro está negociando com a Argentina, que é seu mais importante cliente. “Ainda este mês conseguiremos fechar uma posição com o setor automobilístico argentino e poderemos monitorar qual o acordo sugerido pelos dois governos”.
Os estoques passaram de 271 mil unidades, em dezembro, para 254 mil, em janeiro. “[O estoque] ainda está bastante alto e com isso o nível de produção deve continuar sendo ajustado nos próximos meses. Vivemos um impacto na capacidade ociosa de produção, que está muito alta, por isso o nível de emprego está praticamente estável.”
Segundo os dados da Anfavea, em janeiro estavam empregadas 129,3 mil pessoas na indústria automobilística, 0,3% a menos do que em dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado, são 10,2% funcionários a menos.“Encerramos janeiro com 41,9 mil funcionários em lay-off [suspensão do contrato de trabalho], inseridos no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e em férias coletivas. Já foi noticiado amplamente que, além desses números, várias empresas estão concedendo férias coletivas, licença remunerada, estendendo a não produção na semana do carnaval. Tudo para tentar buscar a máxima proteção ao nível de emprego”, afirmou Moan.
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