
“Com uma administração mais enxuta nós acreditamos que é possível atravessar esse momento que o Brasil está passando. Isso se deve muito mais pela gestão pública federal do que por conta da questão econômica. Assim, nós devemos buscar todas as alternativas de mercado para vencer essa guerra”, declarou.
Ainda de acordo com o empresário, o aumento de 24% com certeza teria impacto nos preços dos livros, cadernos, papel sulfite, entre outros produtos. “Com o reajuste, os principais prejudicados seriam os consumidores e a sociedade, pois o impacto seria direto nos preços de itens fundamentais, como livros, revistas e embalagens de papel-cartão, amplamente utilizadas em medicamentos e alimentos. Porém, pelo menos nos produtos fabricados no Estado, essa majoração não será repassada, amenizando um pouco para o consumidor final”, observou.
No entanto, o presidente do Sindigraf/MS acrescenta que, assim, torna-se demasiadamente oneroso o custo produtivo da indústria gráfica em um momento de recessão econômica e retração dos mercados. “Precisamos considerar que o Governo Federal mantém o imposto de importação e que o dólar elevado dificulta as compras externas do insumo. Nesse contexto, as gráficas ficam sem muitas alternativas para buscar matéria-prima a preços capazes de impedir o reajuste dos impressos, em prejuízo da sociedade”, concluiu.
Julião Gaúna, que também preside a Abigraf/MS e o Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, reforça que a entidade já encaminhou aos fabricantes nacionais de papel e distribuidores de matéria-prima um ofício para demonstrar a insatisfação com o aumento médio de 24% no preço do papel e solicitar uma reavaliação do reajuste proposto. “Nossas indústrias vêm enfrentando situações de extrema dificuldade e não possuem condições de assimilar um aumento de custos dessa monta, especialmente, porque, no atual cenário, é impossível repassá-los aos nossos clientes”, afirmou.
Ele recorda que as indústrias gráficas já fecharam 2015 com números negativos e, muitas delas, chegaram a encerrar as atividades, contabilizando um déficit nos postos de trabalho. “Esses números estão dificultando a manutenção das empresas em 2016 e o aumento do preço do papel vai comprometer ainda mais nossas empresas”, enfatizou.
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